Francisco Leonel Lima Silva Machado ou, como é conhecido no mundo futebolístico, simplesmente Chiquinho fala abertamente com Nuno Luz sobre a sua passagem pelo Benfica e a recente mudança para a Grécia. Como está a ser a nova vida do atleta português? Esta e outras perguntas são respondidas pelo próprio no episódio desta semana de "Além fronteiras".
Leixões, Gondomar e Académica foram apenas alguns dos clubes que representou antes de rumar ao Benfica, em 2019/2020. Depois de quase cinco temporadas ligado às 'águias' - com dois empréstimos pelo meio – decidiu mudar de ares e assinar pelos gregos do Olympiacos, onde vive momentos "muito felizes".
A adaptação ao novo clube "tem corrido bem e tem sido fácil" e, pouco mais de dois meses depois de se ter transferido para os helvéticos, garante: "Foi um passo muito importante".
Sobre a sua saída do Benfica, onde viveu "momentos bons, outros nem tanto", assume que foi necessária, muito por conta do escasso tempo de jogo que estava a ter na primeira metade da época.
"Foi um clube muito especial para mim, foi um orgulho enorme usar essa camisola", afirma.
Deixar um clube é, inevitavelmente, sinónimo de deixar para trás algumas amizades. Foi o que aconteceu ao médio português que lembra com carinho os amigos que deixou em Lisboa:
"O futebol é isso: as amizades que ficam, as ligações que nós criamos e, sem dúvida, que fui muito feliz aí e desejo tudo de bom ao Benfica".
"Basta um empate" para ficarem “chateados”
O clube da Luz é um capítulo encerrado e agora a realidade do jogador é outra. Apesar de ter ingressado no Olympiacos, aponta algumas semelhanças com o anterior emblema. "É um bocadinho como o Benfica, és obrigado a ganhar todos os jogos, são muitos adeptos...".
Como representa o "maior clube da Grécia", a pressão dos adeptos é constante e, assume, "basta um empate" para ficarem "chateados".
Até agora, o futebolista só tem coisas positivas a dizer do novo clube. Do ambiente no balneário, às condições, garante que "tem sido uma experiência muito agradável".
A cidade e, mais especificamente a zona onde vive, "é espetacular", bem como a comida. “Atenas é idêntica a Lisboa”, admite.
Já a nível desportivo, o Olympiacos está nos quartos de final da Liga Conferência, onde vai defrontar os turcos do Fenerbahçe. Chiquinho revela que a conquista da competição é um dos objetivos da época até porque a final será disputada na cidade que o atleta agora chama de casa.
Novamente sobre a massa adepta do novo clube, o camisola seis dos maiores campeões da Grécia revela que os adeptos "são fanáticos, até mais do que em Portugal".
A família de Chiquinho seguiu com ele para o país mediterrânico, uma mudança que o atleta diz ter sido "tranquila", muito por conta das semelhanças com Portugal. Para as férias com entes queridos já tem planos:
"Ainda não tive oportunidade de conhecer, mas toda a gente fala muito bem das ilhas gregas".
“Tive três anos em que fui vegetariano/vegan”
Pouco antes da mudança para a nação helvética, seguia uma dieta vegetariana. Relativamente a essa opção, Chiquinho garante que é uma decisão compatível com a alta performance.
"Tive três anos em que fui vegetariano/vegan e senti-me super bem", afirma.
Antes de terminar, e tal como é habitual no "Além Fronteiras", o ex-Benfica conta uma divertida história da altura em que era treinado por Jorge Jesus e que envolveu também Everton "Cebolinha", o brasileiro que chegou ao Benfica em 2020.
Por fim, deixa uma mensagem ao universo benfiquista:
"Foi um orgulho enorme representar o Benfica, um clube que vai ficar para sempre no meu coração. Vivi momentos muito bons, fui muito feliz e quero agradecer-lhes aos [adeptos] por tudo".