Além Fronteiras

Um português no futebol do Líbano: “Já lhes apanhei a manha, na altura fico aziado, mas depois dá vontade de rir”

“A comida é muito boa, a mulher libanesa é muito bonita, as pessoas são muito afáveis e sabem receber bem, são simpáticas”. A aventura de um português rendido ao Líbano, apesar de viver bem perto da guerra. No futebol, às vezes zanga-se quando descobre algumas coisas.

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A viagem do Além Fronteiras desta semana é até à capital do Líbano: Beirute, para falar com um treinador português. Paulo Meneses está há um ano ao serviço do Al Nejmeh, um clube grande, com mais títulos e com mais adeptos. “É o Benfica dos adeptos”.

“(Os adeptos) São apaixonadíssimos pelo futebol, são muito emocionais para o bem e para o mal”.

Quando o treinador português chegou ao Al Nejmeh, a equipa estava em quarto lugar, conseguiu saltar para o segundo e qualificar-se para a liga europa da ásia e conquistar o título e a taça.

“O futebolista aqui é bastante evoluído tecnicamente. É bastante agressivo no bom sentido. É muito aguerrido, só que tem dificuldade em entender o jogo coletivo, esse é o grande desafio”.

Paulo Meneses iniciou a carreira como jogador, passando por vários clubes até aos 31 anos. Aos 23 anos, tinha decidido frequentar a licenciatura em Educação Física e mais tarde foi para a Faculdade de Motricidade Humana. Acabou por ir para o União de Leiria trabalhar com Pedro Caixinha. Seguiram-se Guiné Equatorial, Laos, Panamá e Índia.

Longe de casa, explica que a vida de emigrante não é fácil, é uma aventura. É necessário ter uma capacidade de adaptação muito grande. Para já, a experiência no Líbano está a correr bem. A comida é muito boa, a mulher libanesa é muito bonita, as pessoas são muito afáveis e sabem receber bem, são simpáticos.

“A comida e o clima são muito bons, há no país 18 religiões e vários idiomas, o que nos dá uma riqueza vastíssima e que nos desafia diariamente”.

Quanto ao árabe, confessa que já dá uns toques em algumas palavras, em especial as que são mais importantes para o treino.

O país é fantástico, tirando o conflito entre o Hezbollah e Israel, que tem afastado os turistas. “O turismo diminuiu, no aeroporto não há muita gente e há hotéis vazios, mas fazemos a vida normalmente. A única indicação que temos é não ir para o sul do Líbano”. conta o treinador português.


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