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Enfermeiros em greve: exigem o início das negociações com o Governo

Os dados do Governo apontam para a necessidade de mais 13.000 enfermeiros. No entanto, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses defende que faltam cerca de 21.000 enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde.

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Os enfermeiros fazem esta sexta-feira uma greve aos turnos da manhã e da tarde, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.  

Os enfermeiros exigem o início das negociações com o Governo, que inclua a contagem de pontos e a alteração à carreira de enfermagem. 

Segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, há vários serviços encerrados. Em Lisboa, há vários blocos operatórios a onde a adesão é total, só estando a funcionar a sala de urgência e de oncologia dos hospitais Pulido Valente e Egas Moniz.

Guadalupe Simões, do sindicato, disse que, apesar da reunião com a ministra da Saúde, "não havia nenhuma razão" para suspender esta greve, devido à falta de resposta às reivindicações do setor.

Para colmatar as falhas e diminuir a sobrecarga de trabalho, os dados do Governo apontam para a necessidade de mais 13.000 enfermeiros. No entanto, o sindicato defende que faltam cerca de 21.000 enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde.

"Não só por aquilo que deve ser o aprofundamento das diferentes redes de cuidados de saúde mental, cuidados paliativos, cuidados continuados, mas também por aquilo que é o absentismo que existe nos hospitais pela degradação das condições de trabalho. Para além disso, é necessário harmonizar condições de trabalho, nomeadamente no que diz respeito a dias de férias por parte dos enfermeiros e até aos dias de formação a que cada um tem direito e, para isso, na realidade, nós entendemos que precisamos muito mais do que 13.000 enfermeiros."

A partir das 11:00, realizam uma concentração no Campo Pequeno, em Lisboa. 

Num comunicado divulgado no site oficial, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses enumera todas as reivindicações e exigências: desde a valorização da carreira e grelha salarial ao descongelamento das progressões ou pagamento de retroativos desde 2018. 

Os enfermeiros dizem que, após a entrega do Caderno Reivindicativo, a 3 de abril, e a reunião com a ministra da Saúde no passado dia 26 de abril, têm “ainda mais razões para fazer esta greve”.  

Os enfermeiros acusam a ministra Ana Paula Martins de não se querer comprometer a negociar. 

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