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Crise na Fartetch: 1.000 trabalhadores despedidos em Portugal

O processo tem estado envolto num manto de silêncio por parte da empresa tecnológica que atravessa uma crise profunda. 700 funcionários já terão aceitado a proposta de saída por mútuo acordo sem direito a subsídio de desemprego.

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A Farfetch - agora detida pela sul coreana Coupang - quer diminuir entre 25% a 30% do quadro de colaboradores a nível mundial. Com cerca de 3.000 trabalhadores em Portugal, a tecnológica quer dispensar 1.000.

700 já terão aceitado a proposta da empresa de saída por mútuo acordo sem direito a subsídio de desemprego, enquanto 200 têm contrato a termo certo que já não será renovado. E uma centena de funcionários estão em processo de despedimento coletivo.

A advogada que representa 50 destes trabalhadores diz que nunca houve a negociação prevista na lei, apenas uma reunião para apresentação da proposta da Farfetch.

Depois de analisar os contratos e a proposta de despedimento coletivo, Marisa Simões refutou os critérios invocados pela empresa. A advogada fala em critérios falsos e denuncia que os trabalhadores estão a ser pressionados para aceitar os termos da Farfetch.

Os trabalhadores que aceitam dar entrevistas falam sob anonimato por medo de represálias. Denunciam, além das pressões, aquilo que dizem ser assédio moral.

Os trabalhadores admitem agora recorrer aos tribunais para impugnar o despedimento coletivo. A SIC pediu esclarecimentos à Farfetch, mas não obteve resposta.

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