Economia

Carga fiscal sobre o trabalho: Portugal no top 10 dos países da OCDE

A liderar a tabela, composta por 38 nações, está a Bélgica, Alemanha, Áustria, França e Itália, segundo o relatório 'Taxing Wages' da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

Carga fiscal sobre o trabalho: Portugal no top 10 dos países da OCDE
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A carga fiscal sobre o trabalho subiu em Portugal pelo quinto ano consecutivo para 42,3% e é já a oitava mais elevada da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Este dado consta no relatório Taxing Wages da OCDE, analisado pelo Diário de Notícias, que todos os anos calcula a carga fiscal sobre o conjunto dos custos do trabalho para vários níveis de rendimento e de composição de agregado familiar.

A título de exemplo, em Portugal, um trabalhador solteiro e sem filhos que recebeu 23.714 euros em 2023, o salário médio, apenas levou para casa 57,7% do valor bruto.

Na OCDE, para estes trabalhadores, a carga tributária média subiu 0,13 pontos percentuais para 34,8%, uma subida registas em 23 das 38 nações da organização. Apenas no Chile e na Hungria não foram registadas alterações, pelo que a carga fiscal se manteve abaixo dos 20%.

Salário médio aumentou em 37 países, mas…

Em termos nominais, o salário médio aumentou em 37 países, contudo, em termos reais, desceu em 18. Portugal integra o segundo lote onde o vencimento efetivamente cresceu (1,8%).

Bélgica (52,7%), Alemanha (47,9%), França (46,8%) e Itália (45,1) encabeçam a lista dos países com a maior carga fiscal.

Na cauda deste agrupamento surge a Colômbia (0,0%), o Chile (7,1%) e o México (20,0%).

Para além dos solteiros sem filhos, o agravamento generalizado da carga tributária afetou também, em 21 dos Estados, os casais com dois filhos em que um dos cônjuges ganha 100% do salário médio e o outro 67%.

O casal sem filhos com dois salários a 167% do rendimento médio foi o tipo de agregado, dos oito analisados da OCDE, que registou a maior subida da carga fiscal. Por outro lado, o tipo de agregado que viu a sua carga tributária descer no ano transato foi o monoparental que recebeu 37% do vencimento médio.

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