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Netanyahu diz que agradece conselhos dos líderes mundiais, mas decide sozinho ataque ao Irão

Chefes da diplomacia do Reino Unido e da Alemanha tentaram convencer o primeiro-ministro israelita a não alimentar hostilidades. Netanyahu responde que Israel fará tudo o que for preciso para se defender.

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Os chefes da diplomacia do Reino Unido e da Alemanha saíram, esta quarta-feira, de Jerusalém sem convencer Israel a evitar um ataque ao Irão. O governo de Netanyahu reafirmou como certa a retaliação militar. Em Teerão, o regime islâmico reagiu de imediato com novas ameaças.

Para evitar um eventual ataque-surpresa de Israel, o desfile do Dia do Exército do Irão foi, este ano, realizado em local diferente do habitual, e sem transmissão televisiva. No discurso oficial da cerimónia, foi dado o recado ao inimigo número um do regime islâmico.

“Se o regime sionista fizer a mais pequena invasão contra a nossa pátria ou os nossos interesses, os israelitas podem ter a certeza de que enfrentarão uma resposta agressiva e em larga escala”, ameaçou o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi.

Esta quarta-feira, em Jerusalém, os chefes da diplomacia do Reino Unido e da Alemanha tentaram convencer Israel a não responder militarmente ao Irão, e a evitar uma escalada do conflito na região.

“É certo que deixámos clara a nossa opinião sobre o que deve acontecer, ma sé evidente que os israelitas estão a tomar a decisão de agir. Esperamos que contribuam o menos possível para um agravamento e de forma inteligente e severa”, afirmou David Cameron, ministro britânico dos Negócios Estrangeiros

A mesma posição foi transmitida pela ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock.

“Não falo de ceder, mas de uma contenção sensata, que é uma forma de força, pois Israel já deu provas da sua força, com a vitória defensiva no fim de semana.”

O governo de Netanyahu agradeceu o apoio alemão e britânico, mas voltou a insistir no direito de resposta à primeira agressão militar iraniana - mais de 300 drones, mísseis de cruzeiro e balísticos, quase todos intercetados, lançados no fim de semana contra solo israelita.

“Os líderes mundiais deram-me todo o tipo de sugestões e conselhos. Agradeço, mas quero deixar claro que tomaremos as nossas próprias decisões e que o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender”, declarou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

A força aérea israelita já retaliou contra o mais ativo e poderoso dos grupos apoiados pelo Irão: alvos do Hezbollah voltaram a ser atingidos no sul do Líbano. Foi a resposta à última operação do movimento xiita, numa base militar do norte de Israel, em que pelo menos 14 soldados ficaram feridos.

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