Economia

Prestação da habitação congelada: apenas 7.000 famílias aderiram à medida

O objetivo era fixar a prestação da casa ao banco e aliviar os encargos com o crédito da habitação perante a escalada dos juros, mas o número de famílias que aderiram foi inferior ao esperado.

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Pouco mais de sete mil famílias aderiram ao congelamento da prestação da casa. O anterior Governo previa que fossem abrangidas mais de 900 mil, mas os encargos futuros do crédito e as ofertas dos bancos explicam a pouca adesão. Em Washington, onde decorre a conferência do FMI, a presidente do Banco Central Europeu voltou a admitir cortar os juros em junho, antes da reserva federal dos EUA.

A medida esteve em vigor quase quase meses, sendo que durante um período máximo de dois dois anos as famílias podiam trocar a taxa variável pela Euribor a seis meses, com um desconto de 30%.

O objetivo era fixar a prestação da casa ao banco e aliviar os encargos com o crédito da habitação perante a escalada dos juros.

De uma forma prática, o montante que não pagavam naquele momento iriam pagar mais tarde e acrescido de juros.

A medida implementada pelo anterior Governo estimava que chegasse a mais de 900 mil famílias, mas na realidade pouco mais de sete mil aderiram ao congelamento da prestação.

Comparação dos pedidos entre bancos

Segundo os dados recolhidos pelo Jornal de Negócios, o Santander foi o maior banco privado a fixar a prestação, tendo mais de 12 mil famílias feito o pedido ao banco espanhol. Ainda assim, só foram aceites 3.764.

O BCP recebeu dois mil pedidos e o novo banco recebeu quase mil pedidos, mas fixou 445 prestações.

Já, o BPI entende que estes dados são informação reservada e por isso não os divulga.

Quanto ao banco público, apenas foram fixados 850 contratos num total de 95 milhões de euros. No entanto, a Caixa Geral de Depósitos renegociou o spread de 21 mil contratos, e mais de 17 mil famílias pediram a alteração da taxa variável para a taxa fixa.

Taxas diretoras inalteradas

Desde setembro que o Banco Central Europeu decidiu manter as taxas diretoras inalteradas e um corte nos juros pode ser decidido na próxima reunião de 6 de junho.

A possibilidade é deixada em aberto, mais uma vez, por Christine Lagarde, que nestes últimos dias se deslocou à capital dos Estados Unidos para a conferência do FMI. Também o ministro português das Finanças marca presença no encontro.

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