André Ventura garantiu durante a audição com o Presidente da República, que até ao momento, “não há ainda nenhum acordo, nem nenhum entendimento” que permita à Aliança Democrática garantir a estabilidade do Governo a quatro anos.
Para Sebastião Bugalho, comentador da SIC, André Ventura está a "tentar responsabilizar, à priori, o PSD pela ausência de acordo entre a AD e o Chega".
“Isto é, se houver uma segunda volta eleitoral, caso os partidos não consigam entenderem-se com o quadro parlamentar que saiu das eleições de 10 de março, André Ventura quer que o culpado da ausência de acordo seja, claramente, o PSD. Quer passar o ónus da instabilidade política para cima de Luís Montenegro caso não lhe abra a porta para negociar”, acrescentou Sebastião Bugalho.
O comentador da SIC deixa, no entanto, sublinhado que o líder do Chega não está numa posição confortável, uma vez que "se comprometeu a não chumbar medidas que fossem ao encontro do seu eleitorado".
Já para Cristina Figueiredo, editora de política da SIC, caso Luís Montenegro seja indigitado primeiro-ministro e fizer um governo que toma posse para a próxima semana, "o Chega tem de fazer parte dos partidos da oposição".
Mas o grande problema vai ser no Orçamento do Estado, em que "o PSD, se calhar, vai ter de negociar com o Chega", ou então "negocia com o PS, que já disse que não está disponível para isso", notou a editora de política da SIC