Eleições Legislativas

Marcelo espera que Governo AD dure até às eleições presidenciais em 2026

O Presidente da República já fez as contas e, para o chefe de Estado, Luís Montenegro terá de durar até 2026 para que o país tenha estabilidade. Para isso, os próximos dois Orçamento do Estado terão de ser aprovados.

Marcelo espera que Governo AD dure até às eleições presidenciais em 2026
MANUEL DE ALMEIDA / LUSA

O Presidente da República espera que um Governo da Aliança Democrática resista até eleições presidenciais de 2026. Fontes de belém avançam ao Expresso que Marcelo Rebelo de Sousa considera que é o melhor para todos.

O semanário Expresso desta semana revela que Marcelo Rebelo de Sousa tem esperança que Luís Montenegro dure enquanto primeiro-ministro, pelo menos até 2026.

As fontes de Belém revelam ainda que o Presidente da República fará de tudo para evitar deixar a direita radical no poder, algo que já teria revelado, também ao Expresso, antes das eleições legislativas no dia 10 de março.

Depois de ter dissolvido o Parlamento duas vezes, o chefe de Estado tentará manter a estabilidade política.

As presidenciais em 2026, provavelmente marcadas para janeiro, obrigam a que exista estabilidade política pelo menos até haver novo Presidente da República, tendo em conta que Marcelo Rebelo de Sousa não poderá, constitucionalmente, dissolver a Assembleia da República seis meses antes de passar a pasta.

“4. Nos termos do n.º 1 do artigo 172.º da CRP, o Presidente não pode dissolver o Parlamento: i) Nos seis meses posteriores à sua eleição e no último semestre do mandato presidencial”, lê-se no Diário da República.

Por isso, para “cair” será este ano, obrigando a uma terceira chamada para Legislativas aos eleitores em dois anos - e a terceira eleição de 2024 contando com as eleições Europeias em junho".

Ou, então, nos primeiro meses de 2025.

Para resistir até 2026, o Governo de Montenegro terá de aguentar, pelo menos, duas votações de Orçamento do Estado - isto se não apresentar um retificativo já este ano, para substituir as contas do Partido Socialistas - às quais estava contra.

Isto porque, ainda antes de se saber a distribuição dos quatro mandatos da emigração, a AD encontra-se com 79 deputados e o PS com 77 mandatos.

Com o “não” vincado ao Chega - com quem poderia alcançar maioria absoluta - tudo ficará dependente destes dois partidos, um à esquerda outro à extrema-direita.

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