Na reação às medidas do Programa de Governo, Mariana Mortágua informou que o Bloco de Esquerda irá apresentar uma moção de rejeição.
“É uma visão da economia e da sociedade que não podemos acompanhar”.
A coordenadora do BE critica a “imprecisão e indefinição” em matérias como salários e carreiras, que diz contrastarem com a “enorme precisão” em questões relacionadas com os “grandes patrões” e “elites financeiras”, diz.
No que classifica como um Programa “de Direita”, lamenta que os “grandes interesses” sejam beneficiados à mercê “de toda a gente que trabalha”.
“Não resolve os problemas da habitação, salários, saúde ou educação. Promove a transferência de riqueza de toda a gente que trabalha para uns poucos que já têm tanto e vão passar a ter mais."
O Programa do XXIV Governo Constitucional foi entregue esta quarta-feira na Assembleia da República, depois de aprovado em Conselho de Ministros. Com 185 páginas, contém pelo menos 60 medidas propostas pelos outros partidos. O documento será agora alvo de discussão no Parlamento esta quinta e sexta-feira.
Classificado pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, como um Programa de “mudança e diálogo”, o documento define pelo menos três prioridades: “salvar o Estado social”, apostar no crescimento dos rendimentos e baixar “significativamente” a carga fiscal.