André Ventura afirmou esta quarta-feira que o Programa de Governo “é vago e pouco ambicioso”, mas elogiou “pontos de aproximação” ao Chega, sobretudo nas questões fiscais e de combate à corrupção.
“É um programa muito vago e pouco ambicioso, sobretudo se tivermos em conta os compromissos e as promessas que foram feitas”, disse.
O líder do Chega alerta que a falta de detalhe e de calendarização das medidas propostas pelo Executivo pode ser “perigosa”, sobretudo junto de setores que sentem que as promessas não estão a ser acompanhadas “com a rapidez necessária”.
Ventura dá como exemplo o suplemento para os polícias, questão sobre a qual houve um “debate alargado durante a campanha” e que surge pouco clarificado no Programa apresentado esta quarta-feira.
“Tirando o caso dos professores, que fala especificamente na recuperação do tempo de serviço em cinco anos, nas restantes carreiras fica aquém do que foi prometido. Falta um sinal de cumprimento real e imediato das exigências ou, pelo menos, uma calendarização.”
Apesar das críticas, Ventura elogia os pontos de aproximação, sobretudo na questão fiscal e de combate à corrupção. “Foi ao encontro do que o Chega diz há muito tempo”, afirmou, acrescentando que o partido votará contra a moção de rejeição do PCP.