O presidente do Mecanismo Nacional Anticorrupção defende que Lucília Gago deve ir ao Parlamento esclarecer as operações judiciais que levaram à demissão dos Governos de António Costa e Miguel Albuquerque.
“No sentido de haver perceção sobre uma situação concreta, se está a ser investigada, se não (...) para que a população tenha conhecimento do porquê da atuação do Ministério Público”, defende António Pires da Graça.
A posição foi transmitida no âmbito de uma conferência sobre prevenção da corrupção, em que também participou a bastonária da Ordem dos Advogados. Sobre o caso, Fernanda Almeida Pinheiro lembra que o Ministério Público “tem autonomia”.
“O que tem que se discutir no Parlamento é uma política de investigação (...) casos não me parece profícuo estar a pedir explicações de casos concretos porque o Ministério Público tem autonomia”, afirma.
O Mecanismo Nacional Anticorrupção recebeu no ano passado 42 denúncias, das quais apenas cinco são anónimas. O presidente da instituição pede mais meios para uma atuação mais eficiente.