A população portuguesa cresceu desde 1974, mas houve um decréscimo de 45% no número de crianças e jovens com menos de 15 anos e quase triplicou o número de idosos.
Já o número de estrangeiros a viver no país era reduzido em 1974 (pouco mais de 30 mil), hoje são quase 800 mil - 7,5% dos residentes.
As famílias portuguesas também mudaram, com os divórcios a aumentar 24 vezes e os casamentos a cair para metade. As mulheres são mães pela primeira vez mais tarde e mortalidade caiu a pique.
No campo da economia, salário mínimo tem hoje mais poder de compra e a balança comercial está mais equilibrada.
A entrada da mulher no mercado de trabalho marca uma das maiores transformações: em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam. Em 2021, esse valor é de 46%.
O número de casas duplicou e o consumo de combustíveis triplicou. As prestações sociais duplicaram face ao PIB e entre 1974 e 2022 as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para dois milhões.
Em 1970, um em cada quatro portugueses era analfabeto, 68% das casas não tinham duche ou banho, 53% não tinham água canalizada, e 42% não tinham instalações sanitárias, números que se inverteram quase totalmente desde então.
O número de médicos aumentou quase cinco vezes, e o de enfermeiros quase quatro vezes e os transportes também mudaram: há agora mais quilómetros de autoestradas do que caminhos de ferro.
A liberdade reflete-se também no Parlamento - para o bem e para o mal. Há mais partidos e mulheres na Assembleia da República, mas mais de 40% dos eleitores já não vão às urnas.