Luís Montenegro desafiou a comunicação social a ter mais cuidado com o destaque que dá aos que espalham desinformação e pretendem minar a credibilidade das instituições europeias. No dia da Europa, o primeiro-ministro apelou ao combate contra o extremismo e o "populismo excessivo".
Numa conferência sobre o futuro da Europa, Luís Montenegro trouxe para cima da mesa o problema e risco da circulação de notícias falsas.
"Um aspeto absolutamente fundamental é a desinformação, que é a interferência que hoje existe nos processos democráticos dos Estados-membros", afirma o primeiro-ministro.
Levantada a preocupação, responsabilizou diretamente os órgãos de comunicação social pelo destaque que dão aos que atacam as democracias.
"Quando os órgãos de comunicação social ditos tradicionais vão atrás das agendas daqueles que querem minar, seja através das 'fakenews' ou de mecanismos ainda mais sofisticados, e alimentam essas agendas estão indiretamente a contribuir para produzir resultado que aqueles outros querem obter", refere.
O primeiro-ministro desafiou os meios de comunicação tradicionais a assumirem responsabilidades num desafio que considera decisivo para a Europa.
Na conferência promovida pela RTP, o chefe do Governo também se referiu muito ao de leve aos riscos do novo espaço europeu que, na véspera ,tinham merecido bem maiores sinais de preocupação do antecessor.