Desta vez estava em curso uma investigação sobre uma suposta fuga ao fisco cometida em 2018. Shakira estaria a ser acusada de usar uma rede de empresas, algumas delas sediadas em paraísos fiscais, para enganar a administração fiscal em 6,6 milhões de euros. O caso foi aberto em julho do ano passado, sendo que um mês depois a cantora acabou por pagar a totalidade da dívida.
O Ministério Público espanhol terá apresentado um pedido a solicitar que o processo fosse arquivado por "falta de provas", pedido esse que o tribunal aceitou esta quinta-feira.
Embora o tribunal tenha reconhecido que Shakira cometeu, de facto, "irregularidades" na sua declaração fiscal de 2018, considerou também que as “irregularidades não são suficientes para constituir uma ofensa criminal contra as autoridades fiscais”. A cantora colombiana não terá demonstrado qualquer intenção em cometer fraude contra as autoridades fiscais.
Um dos advogados da cantora já se pronunciou sobre a decisão do tribunal. Para Pau Molins, esta decisão coloca assim um fim à "campanha difamatória levada a cabo pelas autoridades fiscais” contra Shakira e prova-se que "nunca houve qualquer comportamento fraudulento por parte da cantora”.
Em novembro do ano passado, a cantora colombiana chegou a um acordo com o Ministério Público espanhol evitando ir a julgamento também pelo mesmo tipo de crime. Em troca, reconheceu a sua culpa e pagou uma multa de 7,3 milhões de euros. Inicialmente, o Ministério Público tinha exigido que Shakira fosse condenada a uma pena de prisão de oito anos e dois meses e multada em 23,8 milhões de euros.