Pedro Nuno Santos enviou, esta segunda-feira, uma carta a Luís Montenegro na qual reitera “o interesse do Partido Socialista em trabalhar em conjunto com o Governo com o objetivo de construir um acordo que permita encontrar soluções”. Para André Ventura isto é muito claro: “é um rufo de namorados políticos, que agora têm de se atender”.
O presidente do Chega garante que vai manter-se com a mesma posição na discussão do programa do Governo, porque “o PSD escolheu o seu interlocutor [PS] e ficou claro que vai ser com ele que vai ter de falar”.
“O partido Socialista meteu-se num beco onde, agora, não consegue sair. Por um lado, quis ser disponível para mostrar que era o adulto na sala, agora já percebeu que a AD lhe disse ‘então vais ter de ser tu a aprovar o Orçamento’, portanto, agora quer despachar isto em junho ou em julho para não ter de aprovar o Orçamento de Estado”, referiu Ventura, em declarações aos jornalistas.
"Vamos ter bloco central e Chega na oposição"
Para André Ventura é “importante haver estabilidade", mas que “margem é que o PS tem para propor este acordo, quando não fez isto há dois meses?”, interrogou-se.
Contudo, “eu vejo como sinal positivo que PS e PSD assumam esta aliança, pelo menos o país fica claro politicamente”.
E acrescentou:
“É o amadorismo do Partido Socialista a funcionar”.