O preço dos novos contratos de arrendamento disparou no último ano em Portugal, com as grandes cidades a serem as mais afetadas. As associação de inquilinos pedem mais medidas ao novo Governo.
Os dados são do Instuto Nacional de Estatítica (INE) e permitem perceber o que aconteceu em 2023 ao nível das rendas.
O indicador escolhido é a renda mediana, diferente da renda média, sendo que ao utilizarmos esta renda os valores dos contratos são colocados por ordem de maneira a determinar qual o contrato que está exatamente no meio, ao fazer isto o INE apurou que o valor tem estado a subir.
"Na associação tem aparecido sobretudo queixas de oposição à renovação de contrato por parte do senhorio, ou seja situações em que o senhorio mesmo com o inquilino a pagar a renda de uma forma regular querem cessar o contrato", explicou Luís Mendes, membro da Associação Inquilinos Lisbonenses.
Entre os novos contratos de arrendamento a renda mediana tem estado a subir.
De 2022 para 2023, o crescimento foi superior a 11%, colocando esse valor acima dos 7 euros por metro quadrado, destacando-se Lisboa, Setúbal, Algarve, Madeira e Porto.
Apesar dos preços, o número de novos contratos de arrendamento tem subido. Nos últimos três meses de 2023, registaram-se mais de 23 mil.