Desporto

Invasões, agressões e expulsões: incidentes interrompem o Chaves-Estoril

Na partida entre o Desportivo de Chaves e o Estoril Praia, para a Primeira Liga, houve uma invasão de campo e duas expulsões por agressão. Seis adeptos foram detidos depois da confusão.

Confusão no Chaves-Estoril
Confusão no Chaves-Estoril
PEDRO SARMENTO COSTA

Chaves e Estoril disputavam no domingo um jogo importante para as contas da Primeira Liga. No entanto, o duelo entre as duas equipas que lutam pela manutenção terminou em cenas lamentáveis para o futebol nacional.

Tudo começou com a invasão de um adepto da equipa da casa, quando o jogo já estava em tempo de compensação. Esta pessoa, uma das seis que viriam a ser detidas, foi em direção a Marcelo Carné, guarda-redes do Estoril, que na altura vencia o encontro por 2-1.

O jogador reagiu e, de imediato, instalou-se uma confusão generalizada no relvado. A polícia foi obrigada a intervir e registaram-se agressões, já com dezenas de adeptos no relvado.

A partida esteve paralisada durante mais de 10 minutos, período em que dois futebolistas do Estoril, Carné e Pedro Álvaro, viram o cartão vermelho, por agressões a adeptos que invadiram o recinto desportivo.

Reduzido a nove jogadores, os “canarinhos” não aguentaram a vantagem no marcador. Um golo de Hélder Morim, aos 90'+20, sentenciou o resultado final (2-2) e garantiu um ponto precioso para o Chaves, que está em zona de despromoção, a seis pontos do 15.º classificado.

Liga e clubes condenam incidentes

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional condenou "de forma veemente" os incidentes na parte final do jogo, desafiando as autoridades a serem "implacáveis" com os prevaricadores.

"A Liga Portugal condena de forma veemente os incidentes hoje ocorridos durante o jogo entre o Grupo Desportivo de Chaves e o Estoril Praia e exorta os adeptos à adoção de comportamentos responsáveis, condizentes com o espetáculo que deve ser, sempre, um jogo de futebol", defendeu o organismo, em comunicado.

Os clubes seguiram o mesmo caminho, mas com versões diferentes do sucedido.

Depois do apito final, o presidente da SAD estorilista, Ignacio Beristain, lamentou os confrontos e afirmou não aceitar a "vantagem" dada ao Chaves.

"Lamentavelmente, não estamos aqui para falar de um jogo de futebol. Lamentavelmente, estamos pelo que sucedeu no final do jogo, [quando] adeptos invadiram o relvado e agrediram os nossos jogadores, no campo", começou por afirmar Ignacio Beristain, numa declaração feita aos jornalistas.

Para os responsáveis do Chaves, no entanto, os incidente tiveram origem em "provocações" de Marcelo Carné, guarda-redes da equipa visitante, que foi expulso com vermelho direto na sequência dos desacatos ocorridos após a invasão de campo.

"Condenamos veementemente tudo o que se passou, que nasceu das sucessivas provocações que Marcelo Carné, guarda-redes do Estoril Praia, fez para os nossos adeptos presentes [Notes:na bancada] Topo Sul", reiteraram.

Seis adeptos detidos, um jogador identificado

A PSP revelou, através de um comunicado, que “foram detidos 6 cidadãos, designadamente 4 homens e 2 mulheres, com idades compreendidas entre os 30 e os 60 anos, por suspeita da prática do crime de invasão da área do espetáculo desportivo”, além da identificação de “um jogador de futebol por suspeita da prática de crime de ofensa à integridade física”.

“Para além desta ocorrência, a PSP registou ainda duas situações de arremesso de objetos, pelo que irá proceder ao levantamento dos respetivos autos de notícia e remetê-los às autoridades competentes”.

Relativamente aos suspeitos detidos, os mesmos foram libertados e notificados para comparência amanhã, dia 22 de abril, junto da Autoridade Judiciária competente.

Com LUSA

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