Benfica e Marselha, que medem forças nos quartos de final da Liga Europa, anunciaram que não vão receber os adeptos visitantes na Luz e no Vélodrome.
A primeira decisão veio de França, quando as autoridades francesas proibiram a presença de adeptos portugueses no jogo no agendado para 18 de abril, por considerarem um risco de violência, face ao histórico das claques de ambos os clubes.
A imprensa francesa acrescentou que os serviços secretos locais identificaram um grupo entre 200 a 300 adeptos do Benfica com historial violento e pertencentes a grupos radicais e violentos.
Horas depois, chegou a resposta do Benfica, a confirmar que os aficionados franceses também não vão poder entrar no Estádio da Luz, esta quinta-feira, anulando os bilhetes que já foram vendidos para os visitantes.
O clube português justificou a decisão ao referir que, após contactar as autoridades portuguesas, foi alertado “para o elevado potencial de risco quanto à presença de adeptos do Marselha em Lisboa”.
“Nesta circunstância, apelar a que os adeptos do Marselha não viajem para Portugal e que os adeptos do Benfica não viajem para França, a fim de evitar potenciais situações de tensão”, escreveu o Benfica, em comunicado, a "lamentar profundamente a decisão das autoridades francesas, que coloca em causa o espírito das competições europeias".
Decisão ocorre depois dos clubes apelarem à presença de adeptos
No domingo, os dois clubes tinham emitido um comunicado conjunto no qual solicitavam às autoridades de ambos os países que permitissem a presença de adeptos rivais em ambas as partidas.
As forças da ordem francesas socorreram-se dos exemplos de comportamento incorreto dos adeptos benfiquistas em anteriores eliminatórias, nas visitas ao Inter e Real Sociedad, respetivamente em Milão e San Sebastian, para decretar que, entre 17 e 19 de abril, estes estão "interditos" de acederem ao estádio Vélodrome.