Subiu para cem o número de mortos nas inundações que afetam o sul do Brasil. Há ainda mais de 130 pessoas desaparecidas. No Estado do Rio Grande do Sul, estão ainda longe de terminar as operações de resgate.
O aeroporto de Porto Alegre vai estar encerrado, pelo menos, até ao final do mês. A pista está inundada e, no terminal, o nível da água chegou aos 2,5 metros, devido às cheias sem precedentes na capital gaúcha
Uma semana depois das cheias, vários municípios continuam isolados, sem acessos, sem energia ou comunicações.
Militares, operacionais e voluntários fazem o que podem para tentar fazer chegar a quase 160 mil desalojados ajuda e conforto.
“Está sendo muito triste ver as pessoas desoladas, sem saber para onde ir, andando meio que sem rumo, sem [forma de] contacto, porque não têm energia, não têm sinal (...). Fica difícil de falar com as famílias", relata Daniel Odrisch, voluntário nas operações de resgate.
Milhares têm sido encaminhados para abrigos improvisados. Muitos sem saber se terão para onde regressar.
As cheias afetaram mais de 1,5 milhões de pessoas. Os números de mortos e feridos têm vindo a subir e as autoridades temem que continuem a aumentar.
Devido à chegada de uma frente fria, o Instituto Nacional de Meteorologia antecipa chuvas fortes e tempestades nos próximos dias na região, em toda a área de fronteira com o Uruguai.