Economia

Há menos construções novas e mais casas sobrelotadas em Portugal

As conclusões são de uma análise dos últimos censos pelo INE e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

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Em Portugal, construíram-se menos casas nos últimos anos e há cada vez mais habitações sobrelotadas. As conclusões são de uma análise dos últimos censos pelo INE e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Para as entidades o problema da habitação em Portugal deve ser resolvido de forma integrada entre o setor público e privado.

Entre 2011 e 2021, o número de casas para habitação cresceu apenas 1,9%. Foi o crescimento mais baixo dos últimos 100 anos e que foi inversamente acompanhado pelo aumento de casas sobrelotadas.

Antes de 2011, os alojamento sobrelotados representavam quase 13% (12,7%) do total de casas. Nos último censos, essa percentagem ultrapassou os 17% (17,1%).

O abrandamento na construção reflete-se na falta de casas, mas também no envelhecimento do edifícios.

Quanto à compra e arrendamento de casa, o INE e o LNEC apuraram que, entre 2011 e 2021, 70% das casas eram ocupadas pelo proprietário, que gastava em média entre 200 e 400 euros.

O arrendamento era a opção mais cara com valores que podem ultrapassar os 1000 euros mensais em cidades como Lisboa e Algarve.

Em Portugal, as habitações vagas ainda representam cerca de 12% do total de alojamentos familiares, apesar dos esforços do último Governo em tentar reverter estes números ao dar um prazo aos proprietários para colocar casas vazias no mercado, medida que na altura gerou muita contestação.

O novo Governo já disse que quer reverter o arrendamento forçado.

O LNEC diz que é necessário pensar numa solução mais abrangente a diferentes níveis.

Questionados sobre soluções, ambas as entidades dizem que passam pelo debate conjunto entre o público e o privado.

Para já, dizem que os dados são essenciais para traçar um cenário e só depois elaborar um plano.

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