País

PS acusa Miranda Sarmento de "brincar com a credibilidade" do país em nome de "guerrilha política"

Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, diz que as declarações do ministro das Finanças sobre as contas públicas do anterior Governo são "falsas" e não estão fundamentadas. A responsável pede "mais responsabilidade" ao atual ministro.

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A líder parlamentar do Partido Socialista (PS) acusa o ministro das Finanças de brincar com a credibilidade do país. Alexandra Leitão critica as declarações de Joaquim Miranda Sarmento, considerando-as graves, sobre o défice e as contas públicas deixadas pelo Governo PS.

A responsável diz que o PS olha para as declarações do atual ministro das Finanças, que acusou o anterior Executivo de "caos", com "imensa preocupação", uma vez que as acusações "não estão fundamentadas".

"Isto põe em causa o prestígio de Portugal, põe em causa algo que foi obtido pelo país e pelos portugueses ao nível da credibilidade internacional das contas públicas portuguesas. Isto é muito grave. Provoca instabilidade, descredibiliza o país", refere, destacando que as declarações "não são verdadeiras".

Na semana passada, após uma reunião de Conselho de Ministros, Miranda Sarmento veio dizer que o Governo encontrou "situações preocupantes" nas contas do anterior Executivo. E especificou que o défice atingiu cerca de 600 milhões de euros em março. Criticou ainda a aprovação de 108 resoluções de Conselho de Ministros desde a demissão de António Costa. Para o atual ministro, Medina deixou "a situação orçamental bastante pior" do que tinha anunciado.

Estas declarações levaram Fernando Medina, anterior ministro das Finanças, a esclarecer as acusações.

"Exige-se mais responsabilidade"

Alexandra Leitão sugere que o ministro responsável pela pasta das Finanças diga, então, que despesas "deixaria de fazer". Deixaria de comprar vacinas? Ou de apoiar os agricultores? Ou de apoiar a Ucrânia, questiona Alexandra Leitão. "Exige-se mais responsabilidade", considera.

"É preciso que não se brinque desta maneira com o prestígio do país em nome de uma guerrilha política não fundamentada", afirma.

A ministra clarifica que o PS está a usar os "instrumentos parlamentares ao dispor" e, nesse sentido, "vai entrar com o pedido para ouvir" o ministro das Finanças.

"As explicações quanto às contas públicas já foram feitas em vários momentos, seja pelo ex-ministro Fernando Medina, quer até por várias instituições internacionais. Não me parece sequer curial de um ministro das Finanças dizer que houve despesas feitas sem cabimento orçamental. Isso não existe. Quem sabe como funciona o procedimento da despesa pública sabe que os próprios serviços do ministério das Finanças não o permitiriam", explica.

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