País

Montenegro confiante: "Não estamos assustados com as contas públicas nem vamos inverter objetivos"

O primeiro-ministro reiterou que o anterior Governo do PS deixou "uma situação financeira que não é exatamente aquela que foi propalada", pelo "volume de despesa no primeiro trimestre do ano".

Loading...

O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que o Governo não está assustado com a situação das contas públicas nem irá inverter objetivos e compromissos, embora reiterando que encontrou uma situação diferente da divulgada.

Luís Montenegro falava aos jornalistas no fim de uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, na sede do Conselho Económico e Social, em Lisboa.

Questionado se em matéria de contas públicas há falta de reservas e se o Governo encontrou o diabo, respondeu: "Não vale a pena inventar diabo na cabeça de ninguém".

"Sobre a situação financeira, já tive ocasião de dizer e posso reiterar: o que sucede é o seguinte: nós no final do primeiro trimestre do ano temos défice nas contas públicas. E já tive ocasião de referir que o nosso objetivo é chegar ao fim do ano e ter contas públicas positivas", acrescentou.

"A minha convicção e do Governo é que vamos alcançar esse objetivo. Portanto, não estamos assustados com isso, mas não vamos é esconder uma realidade que é objetiva", concluiu o primeiro-ministro.

Luís Montenegro reiterou que o anterior Governo do PS deixou "uma situação financeira que não é exatamente aquela que foi propalada", pelo "volume de despesa no primeiro trimestre do ano", considerando que "os portugueses têm direito a saber a verdade".

"É só isso. Se vamos com isto inverter os nossos objetivos políticos, se vamos com isto prejudicar os nossos compromissos eleitorais? Não, não vamos", ressalvou.

O primeiro-ministro imputou ao anterior executivo chefiado por António Costa e que teve Fernando Medina como ministro das Finanças "um défice superior a 200 milhões de euro" no fim do primeiro trimestre deste ano, defendendo que isso "é objetivo, não é suscetível de dúvida".

"Também é objetivo que o Governo que antecedeu este usou mão de alguns instrumentos, nomeadamente uma dotação provisional do Ministério das Finanças, que tem uma verba de cerca de 500 milhões de euros, que já foi gasta em cerca de 50%, em três meses -- que é uma verba anual, normalmente costuma até ser utilizada apenas no final do ano", referiu.

Montenegro acrescentou que, para além disso, o anterior Governo "já teve ocasião de despender uma verba de despesa extraordinária de cerca de mil milhões de euros".

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do