O primeiro-ministro justificou, esta terça-feira, a exoneração do diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) com “razões de natureza operacional” e de “relação com a tutela”. Luís Montenegro rejeita, contudo, que haja uma “agenda partidária” com a nomeação de um novo diretor da polícia.
Em declarações aos jornalistas, esta tarde, após a primeira reunião da Concertação Social deste novo Executivo, Luís Montenegro foi questionado sobre os motivos na origem da substituição do diretor nacional da PSP. O superintendente chefe José Barros Correia foi exonerado, esta segunda-feira, depois de ter assumido funções em setembro de 2023.
Luís Carrilho é o nome escolhido para substituí-lo e foi já indigitado pela ministra da Administração Interna.
Esta tarde, o primeiro-ministro admitiu que a exoneração do anterior diretor nacional da PSP “tem a ver com a execução do programa do Governo”.
Luís Montenegro afirma, contudo, que isso deve ser assumido “com naturalidade, sem dramatismos”.
“É natural que haja substituições de altos cargos de responsabilidade” quando o Executivo muda, defendeu o chefe de Governo.
Ainda assim, Luís Montenegro nega que esteja em causa uma “agenda partidária”.
“Era o que faltava que houvesse algum Governo que tivesse uma agenda partidária para a PSP”, atirou. “Não há agenda partidária”, concluiu, remetendo mais justificações para as declarações feitas, momentos antes, pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
A ministra afirmou que a exoneração de Barros Correia serve um propósito de “reestruturação” da polícia.