Em paralelo, era jornalista e foi um dos civis a par dos planos dos militares para a madrugada de 24 de Abril de 1974. Como jornalista, José Jorge Letria acompanhou o movimento revoluiconário desde o início. Como músico e até 1974, editou cinco discos. O segundo ficaria para a história como o primeiro ao vivo gravado por um artista português em Portugal.
Diz que cantava o que escrevia e hoje assume-se como um cantor de intervenção até porque as cantigas eram também actos políticos e, por isso , "fundamentais para que houvesse 25 de Abril".
José Jorge Letria foi um dos artistas portugueses que gravou discos antes de 1974.
Veja também:
► Reportagem Especial: "É um problema de amor"
► Paulo de Carvalho: "Se fiquei na história foi por acaso"
► Jorge Palma: "Portugal era um atraso de vida"
► Francisco Fanhais: "Eu não podia ficar nas encolhas"
► Sérgio Godinho: "Tenho canções de forte empenho social"
► Manuel Freire: "Eu quero dar um recado com as cantigas"
► Fernando Tordo: "O medo hoje tem outras cores, outro cheiro, outro som, mas existe"
► Carlos Mendes: "Nós invadimos os festivais da canção para contestar"
► Luís Cília: "Depois de 1974, a chegada a Portugal foi uma festa"
► José Barata-Moura: "Toda a canção é política mesmo quando o autor quer fugir disso"
► Arnaldo Trindade: "Talvez um burguês"