Linhas Vermelhas

Linhas Vermelhas: mais sanções à Rússia e o impacto da guerra em Portugal

Adolfo Mesquita Nunes e Mariana Mortágua comentam o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Linhas Vermelhas: mais sanções à Rússia e o impacto da guerra em Portugal

Um debate de ideias sobre temas nacionais e internacionais. Na SIC Notícias, à segunda-feira, com Mariana Mortágua e Adolfo Mesquita Nunes, e à quarta-feira, com Miguel Morgado e Pedro Delgado Alves.

Mariana Mortágua começa por referir que “o impacto [das sanções] ainda agora está a começar e ainda não sabemos muito bem até onde podem ir estas sanções”.

Explica ainda que tem defendido “que as sanções são a melhor via para atacar [o Presidente russo, Vladimir] Putin e foi assim que o Bloco de Esquerda votou no Parlamento Europeu”.

“Acho, no entanto, que estas sanções não são todas iguais nos seus efeitos, desde logo nos efeitos no povo russo. O povo russo não é nosso inimigo, aliás, tem havido demonstrações ‘anti-Putin’ e antiguerra na Rússia que devem ser valorizadas e apoiadas”, diz.

A bloquista refere ainda que as sanções não são iguais “pelos seus efeitos nos países à volta da Rússia e que podem sofrer muito com essas sanções, do ponto de vista humanitário, e os seus efeitos na Europa também – e em Portugal”.

Por fim, afasta “o sancionamento pelo cancelamento cultural”, como os apelos ao boicote a obras literárias ou musicais de autores russos.

Adolfo Mesquita Nunes considera que “as sanções são o mais poderoso instrumento que o Ocidente tem para forçar [Vladimir] Putin a parar ou, pelo menos, para reduzir de forma substancial o poder negocial que ele tem”.

“Ele não está disposto a parar do ponto de vista da guerra, não está disponível para uma solução negociada”, explica.

Para o ex-centrista, “as exigências [de Vladimir Putin] são sempre inaceitáveis, e há até provocações para que o Ocidente entre na guerra, quase, porque é do ponto de vista militar que ele sente que tem o maior poder negocial, e é do ponto de vista económico que ele tem a maior fraqueza, o seu calcanhar de Aquiles”.

“Essas sanções têm de ir muito mais longe do que a mera questão do congelamento das riquezas das fortunas, têm que ir ao coração da economia russa”, termina.

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