Nasceu em Lisboa em 1980, mas foi no Caramulo que viveu e cresceu até ir para a faculdade. Os pais conheceram-se na universidade e foi por amor que a mãe se mudou para o Guardão, uma pequena freguesia na aldeia do Caramulo.
O pai era empresário e a mãe foi vereadora da Câmara Municipal de Tondela. Em pequeno já andava nos comícios e caravanas de bandeira do PSD na mão. Foi da mãe que herdou a paixão pela política e a motivação em “mudar a vida das pessoas”.
A mãe abandonou a política em 2009, altura em que o filho começou a dar os primeiros passos na vida política.
São quatro irmãos, mas nunca passaram dificuldades e sempre tiveram muita liberdade. Ia para a escola a pé, a chave de casa estava sempre na porta e as brincadeiras de criança eram sempre na rua.
“Era um jogador fraquito”, mas sempre jogou à bola e o objeto que trouxe para este podcast foi a camisola do clube onde jogou nas camadas jovens – o Clube Desportivo e Recreativo da Serra do Caramulo.
A mãe é de Lisboa, de Cascais, e a família passava algumas temporadas na capital. As diferenças para o interior eram “chocantes”, principalmente nas escolas. “A minha escola primária tinha buracos em vez de sanitas”, conta.
“Sempre tive orgulho em ter crescido no interior”. Dos tempos da escola recorda a salamandra da sala de aula onde “aqueciam os pés” nos dias frios e o pão para o lanche.
Em adolescente era o “DJ” das festas de garagem que organizavam entre amigos. “Tinha o quarto forrado com posters de bandas de metal”, recorda.
Deixou o Caramulo para ir estudar direito na Universidade de Lisboa, mas sempre soube que “nunca ia ser advogado”. Tirou o mestrado em Harvard e os tempos que viveu nos EUA foram decisivos para regressar a Portugal e entrar ativamente na política.
Foi deputado do PSD entre 2009 e 2019. A saída do Parlamento não teve nada que ver com Rui Rio, mas a verdade é que a política deixou de ser um sítio frequentável. “Tudo se tornou um conflito. Era no parlamento, nas televisões…só andava à ‘pancada’”, explica.
É vice-presidente do PSD desde 2022 e esta semana tomou posse como Ministro da Presidência do Governo de Luís Montenegro. António Leitão Amaro é o novo convidado do Geração 80. Ouça aqui a conversa com Francisco Pedro Balsemão.
Livres e sonhadores, os anos 80 em Portugal foram marcados pela consolidação da democracia e uma abertura ao mundo impulsionada pela adesão à CEE. Foram anos de grande criatividade, cujo impacto ainda hoje perdura. Apesar dos bigodes, dos chumaços e das permanentes, os anos 80 deram ao mundo a melhor colheita de sempre? Neste podcast, damos voz a uma série de portugueses nascidos nessa década brilhante, num regresso ao futuro guiado por Francisco Pedro Balsemão, nascido em 1980.