O presidente da Águas de Portugal (AdP), José Furtado, demitiu-se. O responsável justificou a decisão com a vontade de "abraçar novos desafios profissionais". O Governo já aceitou a renúncia ao cargo.
A SIC sabia que a saída de José Furtado estaria iminente.
O gestor da empresa pública comunicou esta quinta-feira o pedido formal de renúncia ao cargo. Tinha colocado o lugar à disposição numa reunião com a nova ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, no dia 12 de abril. Logo no dia seguinte, enviou uma carta à responsável a confirmar o pedido de renúncia.
Na reunião com a tutela, José Furtado manifestou a vontade de "abraçar novos desafios profissionais", após quatro anos à frente do grupo Águas de Portugal.
A ministra do Ambiente já aceitou o pedido de demissão, "compreendendo as razões apresentadas". O processo de transição será feito "dentro de um quadro de normalidade", assegura o Ministério.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Energia "agradece os serviços prestados" na liderança do Grupo e diz que espera "continuar a contar com o contributo" de José Furtado noutras funções públicas.
O mandato acabava daqui a um ano e meio.
A renúncia ao cargo foi oficializada depois de o Governo travar, pelo menos para já, um aumento de capital de 100 milhões de euros na Águas de Portugal, noticiou o jornal Público. O Executivo de Luís Montenegro, que tem dúvidas sobre a operação financeira da empresa pública, deu indicações para que o aumento de capital de 434,5 milhões para 534,5 milhões de euros fosse inviabilizado.