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Presidência da AR dividida: “Era necessária solução que fosse compromisso duradouro para o Parlamento”

A politóloga Paula Espírito Santo, em entrevista à SIC Notícias, analisa a presidência bipartida entre PS e PSD e afirma que "podemos dizer que foi a solução mais viável". Fala ainda sobre o novo Governo de Luís Montenegro.

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Graças ao acordo entre PSD e PS alcançado quarta-feira, os deputados dos dois partidos uniram-se para eleger o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco presidente da Assembleia da República. Paula Espírito Santo analisa o acordo e explica que mudanças têm de ser feitas.

No fim da reunião, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos apresentaram a presidência bipartida como uma boa solução: Mas será que foi mesmo uma boa solução?

“Foi uma boa solução. Aliás, neste momento podemos dizer que foi a solução mais viável para os dois principais partidos”, disse a politóloga.

Acrescenta que “era necessária uma solução que fosse um compromisso duradouro para o Parlamento” e que “havia a urgência de ceder um presidente da Assembleia eleito, sem isso não poderíamos ter paz institucional”.

Paula Espírito Santo considera que estes últimos dias foram “um indicativo de que vamos ter dificuldades em encontrar consensos” e afirma que "tem de haver bom senso de todas as forças partidárias para se perceber que o que está em causa é a estabilidade"

“Tem de haver uma atitude diferente e uma capacidade diferente para gerar compromissos, os partidos têm essa incumbência.”

No que refere à oposição, explica que há uma luta travada entre PS e Chega para liderar a oposição e diz que “normalmente não seria um cargo tão apetecível”.

Para finalizar, a politóloga entende que este primeiro impasse "trouxe uma reflexão acrescida ao Governo de Luís Montenegro para que não haja mais erros” e acrescenta que o Executivo que Montenegro vai apresentar esta quinta-feira será um misto.

“Vai ser um misto de políticos “profissionais”, pessoas já ligadas à política e com alguma responsabilidade interior em governos anteriores do PSD, que podem ter agora essa incumbência, mas certamente vamos ter pessoas da sociedade civil”.

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