Um tenente da GNR de Braga foi chamado pelos superiores para dar explicações em relação às baixa médicas dos militares. Depois de ter defendido que não estavam reunidas as condições para a realização do jogo da Primeira Liga entre o Vizela e o Vitória de Guimarães.
Apresentou-se na manhã desta segunda-feira na sede da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR. O Tenente Afonso Viana foi ouvido pelo superior hierárquico, depois de ter defendido que não estavam reunidas as condições de segurança para a realização do jogo da Primeira Liga entre o Vizela e o Vitória de Guimarães.
Vários militares da GNR e PSP concentraram-se à porta da Unidade de Ação Fiscal de Coimbra em protesto solidário com o tenente, que teve de justificar as baixas médicas ou assistências à família de vários militares, antes do dérbi minhoto.
Dois jogos das ligas profissionais foram adiados este fim de semana depois de elementos das forças de segurança terem colocado baixa ou assistência à família.
Neste jogo em concreto o comandante e a equipa que lidera foram chamados para colmatar essas ausências mas o próprio Afonso Viana terá considerado que não havia condições para tal.
E por isso houve a ameaça de exoneração do cargo e chamado a dar explicações. O apoio que recebeu dos colegas terá ajudado a que a exoneração não fosse para a frente.
Este caso estava a ser visto como um castigo. Há semanas que agentes da PSP e militares da GNR têm-se unido em protesto a pedir aumentos de salários e melhores condições de trabalho. O Governo diz que nada pode fazer por estar em Gestão até às eleições.
O ministro da Administração Interna acusou os policias de indisciplina. O que não caiu bem junto das forças de segurança. José Luís Carneiro anunciou mesmo que poderá haver investigação sobre uma possível ligação entre estas manifestações e movimentos de extrema direita.