As medidas de apoio aos agricultores prometidas por Bruxelas, incluindo cortes na burocracia e custos administrativos, podem chegar ainda em maio. O ministro da Agricultura e Pesca, José Manuel Fernandes, afirma que a portaria está para breve. Já no setor do vinho, o governante alerta para o fim dos apoios à destilação.
A Política Agrícola Comum continua a ser alvo da contestação dos agricultores europeus. Bruxelas e os ministros prometeram cortar na burocracia, suspendendo também algumas regras mais polémicas.
José Manuel Fernandes assegura que a passagem das promessa à pratica está para breve. A nova portaria pode sair em maio.
"Nós apoiamos mais de 100 mil agricultores, removemos barreiras e burocracias, simplificamos sanções, damos possibilidade da utilização da terra, evitando o pousio, retirando a obrigação da rotação", declarou José Manuel Fernandes.
Já para o setor do vinho, o ministro mantém que há umproblema com o stock por escoar. Apesar das críticas de produtores e investidores, José Manuel Fernandes não afasta um possível travão nos apoios à plantação de vinha nova e alerta para o fim dos apoios à destilação.
"No ano passado, foram mais de 18 milhões de euros que foram destinados à destilação. A indicação que tenho é que é quase certo a Comissão Europeia não utilizar novamente apoios para a destilação. E eu não quero problemas sociais, eu quero ajudar os agricultores. Claro que nós temos outra estratégia: procurarmos novos mercados, removermos barreiras alfandegárias", declarou o ministro.
Do Luxemburgo sai ainda mais uma promessa, desta vez de estabilidade para os agricultores algarvios, que pedem uma revisão dos cortes no consumo de água impostos pelo anterior governo.
"Não vamos andar a prometer que vamos abrir a torneira e, depois, voltar a fechar a torneira. As decisões que tomarmos neste domínio têm de ser suportadas em termos técnicos”, sublinhou o ministro. "Para proteger [os agricultores algarvios] o que estamos a fazer é acelerar investimentos necessários para o armazenamento e o abastecimento eficiente da água."
A Comissão para a Sustentabilidade Hidroagrícola do Algarve afirma que "só aceitará cortes iguais" para todos os setores da região.