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Volt Portugal pede extinção do partido ADN por "perfilhar ideologia fascista"

O cabeça de lista pelo Volt às eleições europeias diz que existe uma "clara perfilhação de ideologia fascista" por parte do ADN, acusando o partido liderado por Bruno Fialho de fazer “referência ao Tarrafal como expoente do Estado Novo em Portugal”.

Volt Portugal pede extinção do partido ADN por "perfilhar ideologia fascista"
CARLOS M. ALMEIDA

O Volt Portugal pediu, nesta segunda-feira, à Provedoria de Justiça que avance com uma ação junto do Tribunal Constitucional para extinguir o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) por "perfilhar ideologia fascista" e solicitou uma providência cautelar sobre a subvenção deste partido.

"Venho requerer respeitosamente a abertura de um processo junto do Tribunal Constitucional para a extinção do partido ADN bem como a requisição de providência cautelar sobre a subvenção pública a que este partido ganhou acesso, bem como a admissibilidade de se apresentar a futuros atos eleitorais, entre eles as próximas eleições europeias, agendadas para o dia 9 de junho", lê-se na missiva enviada à Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, e assinada pelo copresidente do Volt Portugal Duarte Costa.

O também cabeça de lista pelo Volt às eleições europeias sustenta que existe uma "clara perfilhação de ideologia fascista" por parte do ADN, acusando o partido liderado por Bruno Fialho de fazer "referência ao Tarrafal como expoente do Estado Novo em Portugal" ou de propagar um "discurso de ódio racial e desumanização de indivíduos".

Duarte Costa diz estar consciente da "complexidade da situação em apreço" mas manifesta preocupação com o financiamento partidário previsto para o ADN após o seu resultado nas eleições legislativas de março - 339 mil euros - bem como com a sua candidatura ao Parlamento Europeu, encabeçada por Joana Amaral Dias.

“A cabeça de lista do ADN para o Parlamento Europeu vai ser Joana Amaral Dias. Era mesmo do que o ADN precisava: uma psicóloga”

"Considerando que o efeito útil da declaração da sua ilegalidade e consequente extinção poderá produzir-se apenas após este financiamento ter sido tanto atribuído como também utilizado, assim como as Eleições Europeias terem já decorrido, instamos a douta Provedora a que considere a instauração de procedimento cautelar adequado sobre a subvenção pública destinada ao partido ADN assim como sobre a sua admissibilidade de concorrer às próximas Eleições Europeias", lê-se na missiva.

Para o Volt Portugal, "a admissibilidade de concorrer a eleições assim como a concessão de financiamento público a um partido político cuja legalidade está sob escrutínio pode representar um apoio indireto a atividades que contrariam os princípios fundamentais da nossa democracia, refletidos nos importantes marcos legais supra mencionados".

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