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Sondagem SIC/Expresso

Sondagem: popularidade de Marcelo desce e simpatizantes do PSD rejeitam acordo com Chega

Pedro Nuno Santos estreia-se na sondagem como secretário-geral do Partido Socialista e tem uma avaliação positiva, logo a seguir ao Presidente da República (que mantém o primeiro lugar). O desempenho do Governo e as coligações pós-eleitorais também foram avaliadas.

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A popularidade do Presidente da República já conheceu melhores dias, de acordo com a sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e o Expresso. O estudo de opinião revela ainda que a maioria dos inquiridos, mesmo os que são simpatizantes do PSD, rejeita a ideia de um acordo pós-eleitoral entre o PSD e o Chega.

É a primeira vez que Marcelo Rebelo de Sousa é avaliado desde as notícias do alegado envolvimento da Presidência no caso das gémeas luso-brasileiras e também desde o anúncio da dissolução da Assembleia da República.

O Presidente da República cai 0,7 pontos percentuais face à última sondagem em que a questão foi colocada, em setembro de 2023.

Um significativo tombo que, ainda assim, não destrona Marcelo da posição de protagonista político melhor colocado na avaliação dos inquiridos, o único com uma classificação positiva, 5,9, nesta escala de 0 a 10.

Segue-se Pedro Nuno Santos, a estrear-se neste inquérito como secretário-geral do PS, com uma avaliação média de 4,3, ligeiramente abaixo dos 4,6 que António Costa mereceu há quatro meses.

Em terceiro está Luís Montenegro, com 4 pontos, uma subida ligeira face a setembro, pouco acima de Mariana Mortágua, que mantém os 3,8 que já trazia.

André Ventura também sobe 5 décimas, Nuno Melo e Inês Sousa Real sobem três. Na cauda desta tabela ficam ambos os Ruis, Tavares e Rocha, com Paulo Raimundo a ser o lanterna vermelha.

Agora, a avaliação do desempenho do Governo.

Na última sondagem, ainda estava em plenitude de funções e o saldo era largamente negativo.

Agora, não está melhor: chegam quase a 70% os que veem como má ou muito má a atuação do Executivo de António Costa.

É, pois, altura de começar a olhar para o futuro e para os cenários que poderão sair das eleições de 10 de março.

E a confirmar-se uma vitória do PS sem maioria, como antecipam os inquiridos deste estudo de opinião, não há consenso quanto à melhor solução: um acordo entre o PS e o BE é o cenário que colhe mais preferências na totalidade da amostra, mas, ainda assim, quase um quarto não acharia mal se a conversa fosse com o PSD.

Algo que já não é assim se considerado apenas o universo de inquiridos que se dizem simpatizantes do PS: estes inclinam-se preferencialmente para uma reedição de acordos com o BE ou com o PCP. Só 16% admitem conversas com os sociais-democratas.

Já se for o PSD a ganhar, mas sem maioria, a maior parte dos inquiridos preferia uma aliança com o Iniciativa Liberal ou mesmo com o PS, antes de considerar o Chega como possibilidade.

Algo que não convence, nem mesmo os simpatizantes do PSD: só 31% a admitem, contra 64% que a consideram expressamente uma má ideia.

Sondagem SIC/Expresso

Este estudo de opinião foi coordenado pelo ICS e pelo ISCTE para a SIC e para o Expresso. A informação foi recolhida num universo de indivíduos maiores de 18 anos, residentes em Portugal, através de entrevista presencial.

O trabalho de campo foi realizado pela GfK Metris entre 16 e 25 de janeiro, tendo sido contactados 2984 indivíduos e validadas 804 entrevistas.

A margem de erro máxima é de +/- 3,5%, com um nível de confiança de 95%.

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