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Quatro novos percursos pedestres para descobrir a paisagem do interior do Algarve

Em maio, a Via Algarviana celebra 15 anos. Para assinalar a data foram anunciados quatro novos percursos pedestres que dão a conhecer zonas interiores da região nos concelhos de Albufeira, Loulé e Silves. O objetivo destes novos trajetos é mostrar ao mundo um outro Algarve, através da paisagem natural e humanos dos territórios do interior.

Quatro novos percursos pedestres para descobrir a paisagem do interior do Algarve

Via Algarviana comemora 15 anos e assinala a data com quatro novos percursos pedestres: três pequenas rotas, nos municípios de Albufeira, Loulé e Silves, e uma ligação à GR13, também no concelho de Silves.

A festa anuncia a Via Algarviana faz-se a caminhar e no dia 12 de maio está agendada uma caminhada inaugural da PR5 ABF - Entre Aldeias. Trata-se de uma pequena rota de 7 km, em pleno Barrocal, que parte de Paderne (concelho de Albufeira) e atravessa várzeas férteis, trilhos rodeados de belíssimas árvores e aldeias com a arquitetura tradicional do Algarve.

Já inaugurada oficialmente foi a pequenas rotas PR15 LLE – Entre o Barrocal e a Serra, que convida a “uma imersão na diversidade de paisagens da freguesia de Alte”, no concelho de Loulé, ora acompanhando os calcários do barrocal, ora os xistos e grauvaques da serra.

É descrito como o mais extenso dos quatro novos percursos, com 17,60 km, mas é possível dividi-lo em duas partes, que podem ser feitas separadamente, explicam os promotores. Em datas a anunciar brevemente nas redes sociais da Via Algarviana prometem-se caminhadas inaugurais nos outros dois percursos.

Via Algarviana PR2 SLV

Quatro percursos, quatro olhares

Os novos percursos da Via Algarviana têm em comum o facto de estarem inseridos no território do aspirante a Geoparque Algarvensis. Ao percorrê-los, é possível perceber a forma como a geologia particular da região determinou tanto a paisagem natural (os relevos, formações rochosas, cursos de água, fauna e flora), como o tipo de ocupação e de atividade humana, ao longo de milénios – da agricultura à arte, da arquitetura às tecnologias tradicionais. Em suma, refere a Via Algarviana são quatro percursos, com “quatro olhares sobre a paisagem natural e humana do interior do Algarve”.

Outro dos novos percursos é a PR2 SLV – Nos Passos do Património. Com 16,30 km, permite descobrir “o valioso património megalítico” da zona de Vale Fuseiros, no concelho de Silves, numa paisagem marcada pela cor intensa do grés de Silves. Já a Ligação 12, um percurso linear de 7,30 km, começa muito perto da barragem do Funcho, também no município de Silves, e permite aos caminhantes e ciclistas dividir em duas partes o setor 9 da Via Algarviana, fazendo um pequeno desvio que os leva até Vale Fuzeiros. Pelo caminho, as vistas panorâmicas alcançam o Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI) e a albufeira da barragem do Arade.

Via Algarviana Ligação 12

Os novos percursos foram instalados no âmbito do projeto “Via Algarviana - Pelos Caminhos do Património”, promovido pela Associação Almargem. Refira-se que a Via Algarviana, inaugurada a 29 de maio de 2009, foi “a concretização de uma ideia longamente pensada por um grupo de entusiastas das caminhadas e da natureza do Algarve: a de criar uma grande rota pedestre que atravessasse todo o interior algarvio – um projeto visionário, que veio abrir caminho ao ecoturismo nesta região”.

Via Algarviana PR15LLE

Ao longo destes 15 anos, a Via Algarviana cresceu e diversificou-se: hoje, além da grande rota (GR13), há uma vasta rede de percursos complementares que incluem pequenas rotas, rotas temáticas e percursos áudio guiados, além de uma série de ligações que permitem aceder mais facilmente ao traçado da grande rota a partir de vários pontos do Algarve.

“São 15 anos de que nos orgulhamos. Cada vez mais, o interior do Algarve é um destino procurado por visitantes portugueses e internacionais que dão valor ao que esta região tem para oferecer: as paisagens, a flora única, o contacto com a população e a cultura local. Para além de todas as questões económicas, que são importantes, há uma dimensão humana no ecoturismo que tem um valor imenso, tanto para quem visita, como para quem recebe”, refere Anabela Santos, coordenadora da Via Algarviana, que é gerida pela Associação Almargem, em parceria com os municípios de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Lagos, Loulé, Monchique, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila do Bispo.

Via Algarviana
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