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Protestos pró-palestinianos continuam nas universidades dos EUA, Blinken já reagiu

Antony Blinken, afirmou que os protestos pró-palestinianos nos 'campus' universitários dos Estados Unidos são parte da "força da democracia" norte-americana, mas criticou o "silêncio" sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

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Mais uma centena de estudantes foram detidos na última noite, nos Estados Unidos, após terem participado em manifestações contra Israel. Numa universidade no Ohio, foram feitas mais de 20 detenções só esta semana.

Centenas de estudantes e outros manifestantes têm-se reunido e muitas vezes acampado nos espaços exteriores de faculdades. Apelam a um cessar-fogo em Gaza e exigem o corte dos investimentos e negócios de faculdades e outras instituições com empresas ligadas a Israel, como forma de sanção contra a ofensiva.

A Universidade de Columbia foi o primeiro palco deste tipo de protestos nos Estados Unidos, que começam a surgir em mais campus por todo o país. A confusão entre a apologia ao ódio contra Israel e o fim da ofensiva em Gaza têm criado um ambiente considerado por muitos pouco seguro. Já há faculdades em que as aulas passaram a ser lecionadas apenas por videochamada.

Também cerimónias de graduação e outros eventos têm sido adiados. O massacre de outubro e os reféns do Hamas desaparecidos há mais de 200 dias são lembrados em contra-manifestações nas universidades.

Os Estados Unidos contribuem todos os anos com milhares de milhões de dólares em assistência militar a Israel. Joe Biden aprovou, esta semana, uma ajuda extra de 17 mil milhões.

Blinken já reagiu

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou, nesta sexta-feira, que os protestos pró-palestinianos nos 'campus' universitários dos Estados Unidos são parte da "força da democracia" norte-americana, mas criticou o "silêncio" sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

"É uma marca distintiva da nossa democracia que os nossos cidadãos deem a conhecer os seus pontos de vista, as suas preocupações e a sua revolta num dado momento. E creio que isso reflete a força do país, a força da democracia", afirmou, numa conferência de imprensa em Pequim.

Por essa razão, Blinken asseverou que entende que a população norte-americana tenha "sentimentos fortes e fervorosos" sobre o que está a acontecer na Faixa de Gaza, devido ao "horrível sofrimento humano" e à morte de crianças, mulheres e homens "apanhados num fogo cruzado criado pelo Hamas".

"Já disse anteriormente que isto podia acabar amanhã, podia ter acabado ontem (...), se o Hamas tivesse deposto as armas, tivesse deixado de esconder-se atrás dos civis, tivesse libertado os reféns e se tivesse rendido. Mas optou por não o fazer - e é também notável que haja silêncio sobre o Hamas", acrescentou.

Com Lusa

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