País

Bielorrússia começa exercício com armas nucleares russas

O país, que apoia o regime de Vladimir Putin, faz fronteira direta com a Ucrânia. Mas o Ocidente também está na mira do regime russo.

Bielorrússia começa exercício com armas nucleares russas
Dmitry Astakhov/AP Photo

A Bielorrússia iniciou, esta terça-feira, um exercício para verificar o grau de prontidão dos lançadores de armas nucleares táticas russas estacionadas no país, anunciou o Ministério da Defesa bielorrusso. 

A informação surge um dia depois de a Rússia ter anunciado exercícios nucleares com tropas baseadas perto da Ucrânia, que é vizinha da Bielorrússia. 

"Foi iniciada uma verificação do grau de prontidão das forças e dos lançadores de armas nucleares táticas no seio das forças armadas", declarou o Ministério da Defesa da Bielorrússia, num comunicado citado pela agência francesa AFP. 

Bielorrussa guarda armas russas

A Rússia anunciou, no último verão, que tinha instalado armas nucleares táticas na Bielorrússia, um dos poucos países que apoiam Moscovo na atual guerra contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. 

O ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, disse nas redes sociais que a inspeção surpresa às armas nucleares não estratégicas foi ordenada pelo comandante supremo das forças armadas, o Presidente Alexander Lukashenko

O ministro acrescentou que "será supervisionado todo o conjunto de ações de planeamento, preparação e utilização de sistemas nucleares táticos". 

“Ameaças do Ocidente”: Putin vs. Macron 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou na segunda-feira às forças armadas russas que realizassem manobras com armas nucleares táticas "num futuro próximo", alegando ameaças do Ocidente. Os exercícios com mísseis, que envolverão a aviação e a marinha, serão realizados pelas forças do Distrito Militar do Sul, que faz fronteira com a Ucrânia, segundo a EFE. 

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que os exercícios são uma resposta às declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, e de altos funcionários britânicos.  

"Falaram sobre a prontidão e até a intenção de enviar contingentes militares para a Ucrânia, ou seja, colocar soldados da NATO à frente dos militares russos", disse Peskov. 

O porta-voz de Putin considerou tratar-se de "uma nova espiral de escalada de tensão" entre o Ocidente e a Rússia. "Não tem precedentes e requer uma atenção especial e medidas especiais", acrescentou. 

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do