O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, afirmou esta sexta-feira que os 17 novos ministros de Luís Montenegro, anunciados no dia anterior, foram escolhidos com antecedência, e que o objetivo é “governar o mais rápido possível”.
“A composição dos ministérios estava previamente na cabeça do primeiro-ministro, que só depois fez os convites. Posso garantir que não houve alterações de última hora”.
Segundo o líder parlamentar, o novo Executivo tem de começar a trabalhar o mais rápido possível para “resolver os problemas das pessoas”, e não “por razões eleitorais”, citando o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, a Habitação, a TAP, o novo aeroporto e os impostos.
Um “conjunto gravíssimo de problemas” que obriga o Governo a “resolver já” os “mais urgentes”, mas também a pensar no longo prazo, para não ser um “Governo do dia-a-dia”.
“Este tem de ser um Governo reformador, que imponha um projeto de visão de futuro ao país, que saibamos para onde estamos a caminhar, não um Governo do dia-a-dia, que empurrava os problemas para a frente - este acabou no dia 10 de março [nas eleições legislativas que garantiram a vitória à Aliança Democrática] e vai embora dia 2”.
Hugo Soares dedicou boa parte do discurso para falar do SNS, relembrando as promessas de Luís Montenegro durante a campanha eleitoral - médico de família para todos os portugueses e fim dos atrasos nas consultas e cirurgias - e a solução que inclui o setor privado.
“A ministra da Saúde [Ana Paula Martins] é alguém com muita capacidade. O SNS está um caos, serviços de urgências fechados, médicos e enfermeiros em protesto, milhares de portugueses sem médico de família, consultas e cirurgias atrasadas”.