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Análise

"Este é o Governo que foi pedido nas televisões": a análise aos novos 17 ministros

“É um elenco com bastante experiência politica”, resume Ana Gomes, que pontua a conjuntura difícil que o Executivo encontrou na Assembleia da República. O novo Governo apresentou esta quinta-feira os 17 ministros da Legislatura.

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Ana Gomes, antiga eurodeputada e comentadora da SIC, e Marco António Costa, ex-vice presidente do PSD, deram nota positiva às escolhas de Luís Montenegro, que esta quinta-feira anunciou os 17 ministros do novo Governo.

“É um elenco com bastante experiência politica”, resume Ana Gomes, que pontua a conjuntura difícil que o Executivo encontrou na Assembleia da República - “de vantagem muito pequena no Parlamento, com uma divisão diferente de poderes e com a chegada de uma força arruaceira” -, tendo que fazer o recrutamento “dentro de casa”.

Marco António Costa realça, por sua vez, que este Governo “foi o que durante duas semanas foi pedido nas televisões [pelos comentadores]”.

“Diziam que era preciso um Governo que aliasse capacidade de combate político à capacidade de coesão e de trabalho. As pessoas anunciadas tem essa obrigação acrescida, pois conhecem-se e cresceram juntas politicamente”.

Questionado se faltaram pessoas da sociedade civil nos 17 ministérios de Luís Montenegro, o ex-vice-presidente do PSD explica que “há uma mistificação em torno do tema”.

As pessoas não querem pessoas da sociedade civil ou dos partidos, querem Governos que funcionem, que executem os programas e que resolvam os problemas. Precisamos de um Governo que entre rapidamente em funções, porque há matérias no plano da execução de fundos comunitários, de reformas que têm de ser feitas no pais por estarmos comprometidos no plano internacional”.

Tanto como Marco António Costa, como Ana Gomes, realçam os quatro antigos eurodeputados que foram escolhidos para ministros [Paulo Rangel, Graça Carvalho, Nuno Melo e José Manuel Fernandes], que poderão ser importantes no diálogo com a União Europeia.

“Há dois ou três casos que preocupam”

No entanto, Ana Gomes diz que “há dois ou três casos [áreas] que preocupam”, que "precisam de intervenção e de pesos pesados”, começando por citar a Justiça.

“Outra é a Administração Interna. Temos o problema das polícias, da infiltração da extrema-direita nas polícias. Eu conheço a ministra [Margarida Blasco], que tem currículo na área e foi diretora do SIS, mas não sei se tem o perfil de gabinete.

"Preocupa-me também o das Infraestruturas, porque há um historial de ligação do ministro Pinto Luz a um setor que vai tutelar de novo, a TAP. Foi ele que conduziu o processo da primeira privatização, que envolveu não um 'casinho', mas um ‘casão’ - o da troca dos aviões com a Airbus para pagar Neeleman e que a TAP ficou a arder em cerca de 400 milhões".

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