Política

Análise

José Gomes Ferreira sente-se "enganado": promessa de redução fiscal teve intenção de confundir

Para definir esta situação, o comentador afirma que foi utilizada a palavra ambiguidade, mas considera que há uma outra palavra mais ajustada e fiel ao cenário apresentado. José Gomes Ferreira diz que se sente "enganado" pelo atual Governo.

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“Capcioso”, é assim que José Gomes Ferreira define a promessa de redução fiscal que o atual Governo fez relativamente à redução do IRS avaliada em 1.500 milhões, que na prática se resume a cerca de 200 milhões.

Para definir esta situação, o comentador afirma que foi utilizada a palavra ambiguidade, mas considera que há uma outra mais ajustada e fiel ao cenário apresentado.

“Quando a ambiguidade é provocada, é desejada, tem um outro nome. Isto foi um comportamento capcioso e eu vou definir, está no dicionário: ‘capcioso é um adjetivo na língua portuguesa que qualifica algo ou alguém que procura enganar, induzindo ao erro’", afirma José Gomes Ferreira.

Acrescenta ainda: “'Uma pessoa com um comportamento capcioso tem a intenção maliciosa de confundir e enganar alguém, utilizando a astúcia, sedução ou esperteza', e foi isso que aconteceu e eu falo na primeira pessoa.”

O ministro das Finanças, Miranda Sarmento, defendeu na sexta-feira que a redução de IRS prometida pelo Governo é "mais ambiciosa" do que a medida que vigora desde o início de 2024, mas clarificou que rondará os 200 milhões de euros.

“Agora vou falar da minha experiência enquanto jornalista há 37 anos: esta comparação, quando se faz por um Governo em funções que substitui outro Governo, só tem sentido se for em relação ao que está implementado pelo Governo cessante”, esclarece.

Acrescenta ainda que uma “comparação legítima” só pode ser feita tendo em conta “aquilo que já está em vigor”.

“Eu desde há muito anos que tenho divergências com o modelo económico de António Costa e nunca o escondi, - já quanto às questões financeiras apoiei-o sempre na questão da redução do défice - mas, ao longo dos anos, fosse António Costa, fosse Mário Centeno, fosse João Leão, fosse Fernando Medina, nunca me enganaram, e eu de repente sinto-me enganado”, atesta José Gomes Ferreira.

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