Sophie, a duquesa de Edimburgo visitou, nesta segunda-feira, Kiev, anunciou Londres, naquela que foi a primeira visita de um membro da família real britânica à Ucrânia desde o início da invasão russa.
"Aprendi mais sobre a situação em todas as suas realidades, o que, claro, é triste. O custo humano da guerra é muito real e sei que todos aqui o sentem profundamente", frisou Sophie, durante a receção na residência do embaixador britânico.
E acrescentou:
“É verdade que as mulheres e as raparigas pagam o preço mais elevado em termos de custo humano, em termos de como são afetadas e como podem ser usadas como armas de guerra”.
Para Sophie, "a violação é usada para rebaixar, degradar e destruir", numa referência às numerosas acusações de violência sexual contra o Exército russo na Ucrânia.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, Sophie conheceu sobreviventes de violência sexual e tortura, que partilharam as suas histórias, bem como mulheres deslocadas pelos combates e crianças deportadas para a Rússia antes de serem devolvidas à Ucrânia.
A duquesa de Edimburgo também prestou homenagem aos civis executados em Bucha, perto de Kiev, dois anos após a breve e sangrenta ocupação desta cidade pelo Exército russo na primavera de 2022.
Sophie também se reuniu com o Presidente Volodymyr Zelensky e a sua esposa, Olena Zelenska, para discutir o apoio aos sobreviventes de violência sexual.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.