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Proteção Civil regista quase 300 ocorrências devido à chuva forte, Grande Lisboa é a zona mais afetada

Entre as 7:00 e as 15:00 desta quarta-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou 280 ocorrências devido à chuva e vento fortes, a maioria das quais relacionadas com quedas de árvores e de estruturas. Só no espaço de quatro horas, a região de Lisboa registou 160 ocorrências.

Proteção Civil regista quase 300 ocorrências devido à chuva forte, Grande Lisboa é a zona mais afetada
SIC Notícias

Do total de 280 ocorrências registadas no território continental "não resultaram vítimas nem desalojados", afirmou à agência Lusa José Rodrigues, oficial de operações na ANEPC, acrescentando que as zonas mais afetadas foram "a Grande Lisboa, a região do Oeste e o litoral norte".

De acordo com o responsável, foram registadas, sobretudo, "quedas de árvores, inundações e quedas de estruturas", para as quais foram empenhados 957 operacionais, apoiados por 354 meios terrestres.

Num balanço efetuado hoje de manhã à agência Lusa a ANEPC tinha registado, entre as 00:00 e as 07:00 de hoje, 100 ocorrências em todo o continente.

"Desde as 18:00 do dia 25 de março [na segunda-feira] , altura em que se iniciou o alerta especial da Proteção Civil, e as 15:00 de hoje foram registadas 505 ocorrências em todo o país, tendo sido empenhados 1.768 operacionais e 690 meios terrestres", afirmou José Rodrigues.

Destas, 31% foram relativas a quedas de árvores, 28% relacionadas com limpezas de via, 21% foram inundações e 18% quedas de estruturas.

160 ocorrências em Lisboa, mais de metade entre as 12:00 e as 16:20

O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa registou, entre as 00:00 e as 16:20, 160 ocorrências devido ao mau tempo, mais de metade relacionadas com inundações e quedas de árvores ocorridas depois das 12:00.

"Das 160 ocorrências, 136 foram registadas entre as 12:00 e as 16:20, devido à queda de chuva intensa que se verificou durante a hora de almoço", disse à agência Lusa Nuno Marques, oficial de serviço no Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Destes 136 pedidos de ajuda, "108 foram referentes a inundações e sete a quedas de árvores", afirmou, num balanço efetuado perto das 16:30, altura em que ainda se encontravam ativas 85 ocorrências na cidade de Lisboa.

As inundações ocorreram "sobretudo em estradas e em habitações, neste caso por problemas nos telhados e falta de limpeza dos algerozes", explicou o oficial de serviço.

A chuva intensa provocou inundações na Estrada de Chelas e na Rua das Pretas, na baixa de Lisboa, mas nenhuma via esteve fechada à circulação.

Às 16:30, o trânsito encontrava-se congestionado no túnel da Avenida de Berlim, "devido à altura da água", disse ainda.

De acordo com Nuno Marques, nestas ocorrências foram empenhados todos os operacionais dos 11 quartéis dos bombeiros sapadores (com exceção da equipa de matérias perigosas) e mais de 40 viaturas.

O agravamento das condições meteorológicas nos próximos dias, com chuva e vento forte, agitação marítima e queda de neve, levou a ANEPC a alertar a população para medidas preventivas.

Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA), a Proteção Civil alertou na segunda-feira para a possibilidade de vento, por vezes forte, nas terras altas e no litoral oeste com rajadas até 80 quilómetros por hora (km/h).

Para hoje, o IPMA prevê chuva, por vezes forte e persistente, que poderá ser de granizo e acompanhada de trovoada e agitação marítima forte com ondas de noroeste na costa ocidental, atingindo seis a sete metros a norte do Cabo Carvoeiro (altura máxima de 12 metros).

Para as terras altas, em especial do norte e do centro, as previsões apontam para queda de neve, descendo a cota gradualmente para os 600/800 metros.

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