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Síria inaugura primeiro projeto de infraestrutura após início da guerra em 2011

A guerra, que matou quase meio milhão de pessoas e fez deslocar metade dos 23 milhões de cidadãos que constituíam a população do país antes do conflito, começou como protestos pacíficos contra o governo do Presidente Bashar al-Assad em março de 2011.

Síria inaugura primeiro projeto de infraestrutura após início da guerra em 2011

O Governo sírio inaugurou este sábado na cidade de Damasco um túnel de 525 metros de comprimento e uma praça com um jardim, as primeiras grandes obras desde o início da guerra em 2011.

Segundo a agência espanhola EFE, que cita o governador de Damasco, Tareq Krishati, este é o "primeiro projeto estratégico" em mais de uma década de guerra e faz parte "do processo de reconstrução" da Síria, devastada por um conflito que eclodiu em 2011, na sequência de protestos antigovernamentais.

O designado projeto "Mowasat", a oeste da cidade de Damasco, capital da Síria, consiste na construção de um túnel de 525 metros de comprimento e 16,5 de largura, com quatro vias de trânsito, assim como a reabilitação de áreas adjacentes e de uma praça com vários jardins, uma obra que representa um investimento de cerca de 70 milhões de liras sírias (cerca de cinco milhões de euros).

Segundo o governador de Damasco, o projeto foi desenvolvido graças às receitas geradas pela província e ao trabalho dos cerca de mil funcionários, que trabalharam nestas obras durante 11 meses.

A inauguração deste projeto foi feita pelo primeiro-ministro da Síria, Hussein Arnous, gerando uma grande expectativa, uma vez que está a ser entendido como um sinal de que o país está a regressar à normalidade, após anos de devastação.

As Nações Unidas estimam que a reconstrução da Síria ascenda a cerca de 450 mil milhões de dólares (420 mil milhões de euros).

A guerra, que matou quase meio milhão de pessoas e fez deslocar metade dos 23 milhões de cidadãos que constituíam a população do país antes do conflito, começou como protestos pacíficos contra o governo do Presidente Bashar al-Assad em março de 2011.

Os protestos, parte das revoltas populares da Primavera Árabe que se espalharam por grande parte do Médio Oriente naquele ano, foram recebidos com uma repressão brutal, e a revolta rapidamente se transformou numa guerra civil total, que foi ainda reforçada pela intervenção de forças estrangeiras em todos os lados do conflito.

O conflito complicou-se também devido a uma militância crescente, primeiro de grupos ligados à al-Qaeda e depois ao autoproclamado Estado Islâmico (EI) até à sua derrota, em 2019.

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