País

PSP diz que usou "força estritamente necessária" com estudantes em protesto pró-Palestina

Em comunicado, a PSP esclareceu esta sexta-feira a sua intervenção no protesto pró-Palestina na Universidade de Lisboa que acabou com oito estudantes detidos. A força de segurança garante que usou apenas a “força estritamente necessária”, depois de uma denúncia de “violência policial”.

Polícia de Segurança Pública.
Polícia de Segurança Pública.

A PSP garante ter usado a "força estritamente necessária" para retirar os estudantes que efetuaram um protesto na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa contra a guerra na Faixa de Gaza e o uso de combustíveis fósseis.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a PSP explica que foi chamada a pedido da direção da Faculdade de Psicologia por o protesto estar, alegadamente, a “colocar em causa o normal funcionamento” da instituição. A força de segurança acrescenta que tal foi explicado aos manifestantes.

Mais. A PSP diz que tentou dialogar e mediar a situação, com resultados “infrutíferos”, tendo procedido à retirada de oito manifestantes “com sensibilidade e respeito aos direitos humanos e priorizando a segurança”.

Ao retirar estes ativistas, a polícia diz ter-se deparado com “cerca de 30 a 40 ativistas na via pública”, que se aproximaram e cercaram os veículos dos agentes, tendo até alguns se sentado na estrada a fim de impedir a retirada.

“Houve necessidade de criar uma caixa de segurança recorrendo à força estritamente necessária, de modo a libertar a faixa de rodagem e consequentemente a retirada em segurança das viaturas e seus ocupantes, o que se veio a verificar.”

Os detidos foram levados para o Comando Metropolitano de Lisboa para, posteriormente, serem presentes a tribunal.

Movimento de ativistas denunciou “violência policial”

Este esclarecimento da PSP surge depois de uma porta-voz do movimento de ativistas ter denunciado “violência policial”, que se teria traduzido em “fortes empurrões e bastonadas”.

Já esta sexta-feira, a Universidade de Lisboa (UL) emitiu também um comunicado a justificar a chamada da polícia pela necessidade de "repor a segurança de bens, equipamentos e pessoas".

"Valorizámos sempre a expressão livre de ideias e o envolvimento da comunidade em causas que nos preocupam coletivamente. Face a métodos e comportamentos que põem seriamente em causa a segurança de pessoas e bens e, por extensão, o bom funcionamento da Universidade de Lisboa e das suas Escolas, é nossa responsabilidade pôr termo a esta iniciativa", afirmou a instituição.

Estudantes universitários e do ensino secundário portugueses ligados a movimentos como a Greve Climática Estudantil e Estudantes pela Justiça na Palestina protestavam desde terça-feira na Faculdade de Psicologia da UL, em cujo edifício funciona também o Instituto de Educação.

Com LUSA

Últimas notícias
Mais Vistos
Mais Vistos do