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Lisboa com plano de 70 milhões de euros para responder a aumento de sem-abrigo

Carlos Moedas diz que a Câmara de Lisboa precisa de mais ajuda da Santa Casa da Misericórdia. O autarca quer também uma estratégia coordenada com os outros municípios da Área Metropolitana.

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A Câmara Municipal de Lisboa anunciou, esta sexta-feira, um plano de 70 milhões de euros para responder ao aumento do número de pessoas sem-abrigo. Carlos Moedas convocou as 18 autarquias da Área Metropolitana de Lisboa para falar do problema, mas só cinco apareceram.

O município de Lisboa tem 70 milhões de euros para gastar em sete anos, de maneira a combater o crescimento do número de pessoas em situação de sem-abrigo, mas quer ajuda das autarquias vizinhas e da Santa Casa da Misericórdia.

“Nós sabemos, pelos números, que houve um aumento significativo [das pessoas sem-abrigo]. A Comunidade Vida e Paz identificou mais 25% de refeições distribuídas”, nota o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que sublinha o “agravamento da situação”.

“Eu esperava que a Santa Casa também aumentasse a sua ação nesta área. Isso não aconteceu”, afirma o autarca. “Nós temos tido, historicamente, uma relação excelente com a Santa Casa da Misericórdia, mas, neste momento, precisamos de mais ajuda.”

Para responder ao problema de forma coordenada, a Câmara Municipal de Lisboa convocou as 18 autarquias que fazem parte da Área Metropolitana de Lisboa, mas só cinco apareceram na reunião - e, entre elas, apenas Cascais e Oeiras enviaram os presidentes de câmara.

“Eu gostaria de os ter cá a todos. Admito que talvez não se tenham apercebido da importância e da magnitude deste problema”, diz Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, em relação aos restantes autarcas.

“Há uma situação de injustiça, do ponto de vista social, ainda maior, que é o aproveitamento de alguns movimentos, quer sejam de extrema-direita, quer sejam de extrema-esquerda, que utilizam pessoas que estão em fragilidade social e fazem disso uma bandeira política”, sublinha Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais.

O plano para a Área Metropolitana de Lisboa passa por garantir a comunicação diária entre as autarquias, aumentar o número de centros de acolhimento para pessoas sem-abrigo e garantir soluções de emprego para quem deixa a rua.

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