50 anos do 25 de Abril

"Enquanto Portugal lutava contra o fascismo, povos africanos lutavam contra a colonização", recorda João Lourenço

O presidente de Angola saudou, no dia em que a Revolução dos Cravos faz 50 anos, o derrube "da ditadura salazarista, responsável pela opressão não só do povo português como também dos povos das então colónias portuguesas".

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O Presidente de Angola, João Lourenço, defendeu, nesta quinta-feira, em Lisboa, numa cerimónia dos 50 anos do 25 de Abril, que o desafio que as ex-colónias têm atualmente é "o da consolidação da democracia, da diversificação e fortalecimento" das suas economias.

"Lutámos pelo fim dos abusos, dos crimes e da violação dos direitos humanos cometidos pelo regime colonialista contra nossos povos durante séculos. Lutámos pela nossa dignidade enquanto seres humanos que somos, que devem ter o mesmo direito à liberdade, o direito a sermos os senhores do nosso próprio destino", disse.

João Lourenço, que intervinha na sessão comemorativa do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, com os chefes de Estado de Portugal e das antigas colónias portuguesas, cuja independência esteve ligada ao 25 de Abril, iniciou a sua intervenção com uma saudação ao derrube "da ditadura salazarista, responsável pela opressão não só do povo português como também dos povos das então colónias portuguesas".

"Enquanto o povo português lutava contra o fascismo e a ditadura salazarista desde 1932, os povos africanos colonizados por Portugal" lutavam “desde o século XV contra a colonização portuguesa e suas consequências como a escravatura e a pilhagem das nossas riquezas”.

João Lourenço fez ainda questão de recordar que a causa do povo angolano era a mesma que a do povo português:

"Juntos lutámos e juntos vencemos o mesmo inimigo, o colonialismo e a ditadura fascista de Salazar e Caetano".

No fim do discurso, João Lourenço deixou o convite a todos os Chefes de Estado e de Governo dos Estados membros da CPLP para estarem presentes nas comemorações do Quinquagésimo Aniversário da Independência Nacional de Angola, em 2025.

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