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Operação Influencer: Galamba acredita que será “inocentado” ou o processo arquivado

O ex-ministro socialista lamenta ainda não ter sido ouvido pela Justiça, no processo em que foi constituído arguido e que acabou por levar à queda do governo de António Costa.

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O antigo ministro das Infraestruturas João Galamba ainda não foi ouvido no âmbito da Operação Influencer, mas garante que ou vai sair inocente ou o processo será arquivado.

"Estou de consciência perfeitamente tranquila em relação a tudo o que fiz, sei tudo o que fiz, sei também tudo o que não fiz. Sei como é que este processo vai acabar: ou com o arquivamento ou, se existir acusação, acabarei por ser inocentado", disse João Galamba, esta noite, numa entrevista à CNN Portugal.

O ex-governante, arguido no processo da Operação Influencer - que acabaria por provocar a queda do governo liderado por António Costa -, afirma que ainda não foi ouvido pela Justiça, apesar de ter apresentado "um requerimento" nesse sentido "imediatamente a seguir às buscas" de que foi alvo, ainda em novembro.

“Parece que fui escutado vários anos, mas ouvido não foi”, atirou Galamba, que adianta também não ter tido ainda acesso ao processo. “Tudo o que sei do processo, em rigor, sei-o pela comunicação social”, afirmou.

PGR ouvida no Parlamento? “Não faz qualquer sentido”

João Galamba está contra a audição da Procuradora-Geral da República na Assembleia da República. Questionado sobre se o PS ou outro partido deve avançar com um requerimento para ouvir Lucília Gago no Parlamento, a resposta foi imediata: “Discordo”.

“Não considero que a ida ao Parlamento da sra. Procuradora-Geral faça qualquer sentido”, frisou o ex-governante, que diz, no entanto, compreender a questão suscitada pelo presidente da Assembleia da República.

O ex-ministro sublinha que a Procuradoria-Geral da República “o que deve é fazer o seu trabalho”. João Galamba pede, acima de tudo, rapidez na conclusão da investigação da Operação Influencer.

“Tem a tutela da ação penal e tem a seu cargo a investigação - que a faça bem e, sobretudo, que a faça rápido.”

João Galamba fala na “suspensão” da vida daqueles que foram envolvidos pela Justiça neste caso e sublinha que a mesma tem de ser “resolvida”.

“Esta suspensão na vida das pessoas é uma situação muito difícil. Só deve existir quando existe fundamento e, depois, deve ser resolvida o mais rapidamente possível. Neste momento, é a única coisa que peço.”

A (não) relação com Pedro Nuno e o afastamento da vida política

Questionado ainda sobre a relação que mantém com o atual líder do PS, Pedro Nuno Santos, o ex-ministro responde que já foram “mais próximos”.

“Não tenho proximidade com o secretário-geral do Partido Socialista, neste momento”, afirmou.

“Não me disse nada nos últimos meses, nem no dia das buscas", declarou João Galamba, que considera o “normal” teria sido Pedro Nuno Santos ligar-lhe depois de a polícia lhe “entrar por casa”.

João Galamba revelou também que, após as buscas, comunicou ao PS que se “afastaria da vida política”, admitindo ter-se sentido prejudicado.

“O meu atual estatuto processual de suspeita de crimes no exercício das minhas funções é incompatível”, afirma, esclarecendo que se mantém afastado “por respeito às instituições” e “à Justiça”.

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