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PJ colabora com FBI na detenção de fundador de site usado para branquear capitais

A operação, designada “Samourai”, decorreu em simultâneo em vários países, sendo que em Portugal, anuncia a Polícia Judicária, foi detido um suspeito, “fundador do Samourai Wallet, site usado para branquear fortunas de origem criminosa”.

PJ colabora com FBI na detenção de fundador de site usado para branquear capitais

A Polícia Judiciária (PJ) informa, esta sexta-feira, que participou numa operação coordenada pelas autoridades americanas (FBI), e que a mesma “culminou com a detenção de um suspeito, fundador do Samourai Wallet, site usado para branquear fortunas de origem criminosa, e a realização de buscas domiciliárias, na zona da grande Lisboa”.

“O detido, um cidadão norte-americano com pedido de extradição, administrador de uma carteira de criptoativos, é o principal suspeito de uma rede usada em larga escala para branqueamento de capitais, que prestava vários serviços aos seus clientes com o intuito de branquear os rendimentos provenientes de atividades ilícitas”, lê-se no comunicado da PJ.

A PJ revela que “foram recolhidos e partilhados elementos que relacionam os administradores da carteira de criptoativos ‘Samourai’ com atividades de branqueamento de capitais. Desses serviços, destaca-se o ‘Whirlpool’, um serviço de mistura de criptomoedas que envolve fundos potencialmente identificáveis ​​ou ‘contaminados’ com outros, de modo a apagar o rasto e impossibilitar a identificação originária, bem como o seu congelamento pelas autoridades”.

Na sequência deste esquema “terão sido movimentados mais de mil milhões de dólares em bitcoins e mais de 680 milhões de dólares em BTC, usados em transações Ricochet, uma plataforma de troca de criptoativos, que se dedica ao desenvolvimento de soluções exclusivas que permitem aos usuários investir os seus ativos criptográficos em tempo real”.

Na sequências das várias buscas realizadas foram apreendidos “bens materiais de elevado valor monetário” e “um acervo de bases de dados que permitirão determinar a total abrangência dos factos e a cabal incriminação dos autores”.

Presente a primeiro interrogatório, o detido ficou em prisão preventiva enquanto aguarda o processo de extradição.

Parte desta operação, que "decorreu em simultâneo em vários países", foi desenvolvida em território nacional pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica e contou com a colaboração Divisão de Investigação Criminal da Receita Federal (IRS-CI) dos EUA.

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