Não é só inscrever-se como dador e salvar vidas. É essencial saber como funciona o processo para que, caso seja um dador compatível, não se assuste com toda a informação e desista. Até porque pode parecer assustador mas não é, e salva vidas todos os dias.
A medula óssea é um tecido que preenche o interior dos nossos ossos. É neste tecido que estão as mães de todas as células que compõem o nosso sangue, as famosas células estaminais ou progenitoras. Estas células são telas em branco e têm a capacidade de se diferenciar e dar origem a vários tipos de células que temos em circulação. E isto é interessante porque no caso de um transplante são estas células saudáveis que podemos passar à pessoa doente, esperando que substituam as células malignas e deem origem a sangue saudável e livre de doença.
Mas vamos por passos. Imagine que se inscreveu como dador e é considerado compatível com alguém com uma leucemia. É contactado e a primeira coisa que lhe vão perguntar é se continua interessado em ser dador. Depois é convocado para uma consulta para lhe explicar tudo muito bem.
Aceitando, deve fazer alguns exames para confirmar que é compatível e que cumpre os requisitos para poder ser dador. Assista à Consulta Aberta para saber mais sobre os critérios de seleção e das restantes etapas do processo.
Se for confirmado que está tudo pronto para seguir com a doação, o próximo passo é fazer a colheita das tais células progenitoras que estão na medula óssea. Há duas formas de o fazer. As células podem ser colhidas no sangue, ou diretamente no osso.
Pode não ser tão simples quanto fazem parecer e não é só preencher um questionário e dar uma amostra de sangue, mas é muito importante e faz muita diferença. Estima-se que possa ajudar a tratar cerca de 80 doenças que afetam células sanguíneas, e isso é, tanto para quem está doente como para quem gosta de alguém que está doente, um verdadeiro milagre.
Para saber mais e inscrever-se como dador, pode consultar o site do Instituto Português do Sangue e Transplantação.