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Manuel Pinho critica Justiça: "Nenhuma testemunha confirma a tese do Ministério Público”

O Ministério Público pediu a condenação a prisão do antigo ministro da Economia. Pinho diz estar inocente e considera que não ficou provado nenhum ato de corrupção.

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Manuel Pinho deixa duras críticas ao Ministério Público (MP), garantindo que foram ignoradas as declarações das testemunhas e os factos materiais apresentados em tribunal. O antigo governante confirma que tinha dinheiro a receber por parte do Banco Espírito Santo (BES). Sublinha, no entanto, que o valor que recebeu fora do país foi regularizado, em Portugal, mais tarde.

O Ministério Público pediu, esta segunda-feira, a condenação do antigo ministro Manuel Pinho a, pelo menos, nove anos de prisão. De acordo com o procurador Rui Batista, "estão provados os crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal”.

“Eu tinha uma dívida e isso decorre de um contrato laboral que aqui foi mostrado (...). A única questão que há é ter sido declarado fiscalmente mais tarde, porque a dívida existia”, afirmou Manuel Pinho, esta tarde, à saída do Campus de Justiça. “Eu depois paguei o que a lei e a sociedade exigem.”

“Tinha um acordo laboral com o Espírito Santo datado de 2004. E o procurador diz (...): “Há esse acordo, mas, como não é de acordo com a nossa tese, não interessa”, atirou o antigo ministro.

Manuel Pinho sublinha que das testemunhas chamadas a depor – sendo que “mais de metade delas foram chamadas pelo Ministério Público” -, “nem uma delas” confirma a tese apresentada. “Dos factos materiais aqui apresentados, nem um confirma isso.”

O antigo ministro volta a reafirmar a inocência, garantindo que está de consciência limpa e que não cometeu nenhum crime de corrupção.

“Ficou provado que atos de corrupção [foram] zero”, insistiu. “Acredito no tribunal, tenho a certeza absoluta de que não cometi nenhum ato de corrupção.”

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