A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, convocou todos os sindicatos da PSP e associações da GNR, na sexta-feira, para dar a conhecer os novos membros do Governo e anunciou que as negociações sobre exigências como o suplemento de missão começam dia 22. O que dá ao Governo pouco mais de uma semana para acertar contas. Só que a governante, que garante que está no cargo "para cumprir o prometido", acabou por pedir aos representantes dos polícias e dos militares da GNR que dessem o seu contributo no próximo encontro.
"Não faz qualquer sentido a senhora ministra empurrar a bola para o lado dos sindicatos e das associações", sublinha Paulo Santos, presidente da ASPP/PSP, que assume ter saído da reunião "desanimado" e lembra que o exigido pelos profissionais é há muito do conhecimento público, "nada menos do que os mesmos valores que foram atribuídos à Polícia Judiciária".
Também César Nogueira, presidente da APG/GNR, aponta que "o que se exige é paridade e se é paridade, tem de ser iguais valores".
O suplemento de missão para a Polícia Judiciária foi aprovado em novembro do ano passado e representa um aumento entre os 500 e os 700 euros. Nos últimos meses, tem sido o foco das reivindicações de polícias e militares da GNR, que estiveram várias semanas em vigília junto à Assembleia da República, além de terem protagonizado duas manifestações, em Lisboa e no Porto.